GERAÇÃO DE RENDA E OCUPAÇÕES NA CADEIA AGROINDUSTRIAL DE CASTANHA DE CAJU NO RIO GRANDE DO NORTE: O CASO DO TERRITÓRIO DE SERTÃO DE APODI
Cadeia agroindustrial; Geração de renda e ocupações; Castanha de caju; Sertão de Apodi.
Este trabalho se insere no grupo das pesquisas que estudam cadeias agroindustriais, pois caracteriza a cadeia agroindustrial de castanha de caju no Rio Grande do Norte, com especial destaque ao Território da Cidadania do Sertão de Apodi, evidenciando os seus diferentes fluxos e encadeamentos e analisa a geração de ocupação e renda na produção deste bem, a partir da experiência da COOPAPI. Utilizando como metodologia de análise a matriz de insumo-produto. E isso se justifica no fato de que o Brasil se insere no contexto mundial como o quinto maior produtor da castanha de caju e a produção deste produto se concentrar na região Nordeste, com destaque para o Rio Grande do Norte, que é o segundo maior produtor da região, atrás apenas do estado de Ceará que é o maior produtor do país. Além disso, nos últimos anos o estado potiguar tem aumentado a sua inserção no mercado internacional deste produto, particularmente o Território Assu-Mossoró, que se configura como o maior produtor do estado, em especial o município de Serra do Mel, que apresenta um arranjo produtivo diferente, baseado no modelo de desenvolvimento rural integrado, consubstanciado na agricultura familiar. Não obstante, o Território da Cidadania do Sertão de Apodi constar como o quarto dentre os territórios da Cidadania do Rio Grande do Norte no ranking da produção de castanha de caju, porém o modelo de Cooperativismo vigente neste Território, baseado na Economia Solidária, isto é, diferente do velho cooperativismo, que se fundamenta nos preceitos como clientelismo, de cooperativas com donos, favorecimento, etc., motiva a investigação científica. Nisso, após uma análise cuidadosa dos dados da pesquisa de campo, percebeu-se que dentre os elos da cadeia, o elo da produção é o que mais gera ocupações, ao passo que o macrossegmento de processamento comanda a geração de renda, mas uma parcela significativa das ocupações e a renda geradas são fora do território, sobretudo fora do estado potiguar, o que denuncia lacuna em termos de suprimento de algumas demandas específicas dentro da cadeia.