TURISMO DE PESCA ESPORTIVA NO BAIXO RIO BRANCO-RR E A MANDALA ODS: DESAFIOS LOCAIS PARA O ALCANCE DOS OBJETIVOS SOCIAIS DA AGENDA 2030
Turismo de Pesca Esportiva. Baixo Rio Branco. Roraima. Desenvolvimento Sustentável. Agenda 2030.
O Baixo Rio Branco, localizado entre os municípios de Caracaraí e Rorainópolis, na região centro-sul do estado de Roraima, tem se destacado pela oferta do segmento de Turismo de Pesca Esportiva, em razão da diversidade contida em seus ecossistemas, que propicia a ocorrência de variadas espécies de peixes. O uso dos recursos hídricos e pesqueiros pela atividade turística incide, entretanto, no grau de conservação dos ambientes naturais e no modo de vida das comunidades ribeirinhas que vivem na região, acarretando em conflitos sociais que suscitam a necessidade de refletir sobre o desenvolvimento do turismo em bases mais responsáveis, a fim de encontrar meios para mitigar possíveis ações danosas do fenômeno turístico sobre o ambiente em que ele se insere, bem como as interferências desses conflitos sobre a atividade turística. Para tratar dos aspectos que podem e devem permear a atividade de Turismo de Pesca Esportiva nesse contexto amazônico, elegemos nesse estudo o uso do paradigma da sustentabilidade como caminho viável para o desenvolvimento regional responsável, tomando como base a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, da Organização das Nações Unidas - ONU, por meio do instrumento Mandala ODS, da Confederação Nacional de Municípios - CNM, que dispõe de metodologia aplicável em esfera local e abrange dados socioeconômicos e ambientais dos municípios contemplados pela pesquisa. Assim, a pesquisa exploratório-descritiva realizada, que consiste em um estudo de caso, teve como objetivo principal analisar quais os desafios para que o Turismo de Pesca Esportiva no Baixo Rio Branco-RR contribua para o alcance dos ODS sociais da Agenda 2030, a partir da Mandala ODS, tendo como procedimentos metodológicos a pesquisa aplicada, com abordagem qualitativa, sob auxílio das pesquisas bibliográfica, documental e eletrônica, sob a ótica fenomenológica, além de contar com a contribuição de atores sociais diretamente envolvidos nos processos de planejamento, gestão e/ou uso dos recursos naturais locais utilizados pelo segmento turístico, por meio da aplicação de questionários, cujos resultados permitiram elucidar aspectos relacionados à oferta turística na região, o contexto social das comunidades ribeirinhas locais, bem como desafios a serem superamos para que o Turismo de Pesca Esportiva no Baixo Rio Branco-RR trilhe os caminhos da sustentabilidade social e contribua, efetivamente, para o alcance dos ODS sociais da Agenda 2030.