PATRIMÔNIO GASTRONÔMICO DO RN: CONSTRUINDO A IDENTIDADE DE MARCA NO TURISMO
Turismo e Gastronomia. Identidade de Marca. Memória e Identidade. Patrimônio Cultural.
O turismo acontece quando as pessoas se dispõem a sair de seu entorno motivadas por peculiaridades presentes em um destino. Pratos e produtos típicos podem ser facilmente incorporados como atrativos turísticos. O turista se afeiçoa a objetos que representam a cultura local do destino visitado; com a disposição de alimentos identitários, o turista tem um elemento para degustar ou levar consigo no caminho de volta para casa. Evidencia-se a importância dos atrativos turísticos como uma forma de motivação para a chegada do turista. O objetivo deste estudo é analisar o patrimônio gastronômico do Rio Grande do Norte (RN) visando edificar a identidade de marca. O trabalho desenvolvido compreende uma pesquisa de campo e documental com abordagem predominantemente qualitativa e com alguns aspectos quantitativos, de natureza aplicada e com objetivos exploratórios. Para o cumprimento do objetivo de verificar como a memória e a identidade alimentar são percebidas na perspectiva do turista, utiliza-se de conteúdo gerado pelo usuário (CGU) referente à experiência turística em contato com alimentos representativos do patrimônio gastronômico potiguar. Para investigar a gestão do turismo gastronômico foram coletadas falas em entrevistas e pronunciamentos oficiais disponíveis em veículos de imprensa e canais de oficiais de governo dos atores envolvidos. Na análise de dados utilizou-se o software IRAMUTEQ versão 0.7 para o teste de similitude e nuvem de palavras, além de ser realizada a análise de conteúdo em relação às categorias de memória, identidade e patrimônio cultural. Resultados indicam que poucas ações governamentais foram tomadas a respeito da proteção do patrimônio gastronômico potiguar, enquanto que ao analisar o CGU, encontram-se diversos aspectos da memória, identidade e patrimônio na experiência do viajante que experimenta iguarias regionais. A edificação de uma identidade de marca para o patrimônio gastronômico potiguar encontra-se num momento imaturo, demandando de iniciativas de gestão pública que captem o potencial afetivo de memória e identidade já existentes na experiência do turista com o alimento.