Banca de DEFESA: ISABELLE CAMPOS DE AZEVEDO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ISABELLE CAMPOS DE AZEVEDO
DATA : 31/10/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Departamento de Enfermagem
TÍTULO:

FATORES ASSOCIADOS AO RETRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÉTICAS: UM ESTUDO CASO-CONTROLE

 


PALAVRAS-CHAVES:

Rejeição de Enxerto; Recidiva; Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas; Transplante de Medula Óssea; Análise de Sobrevida.


PÁGINAS: 100
RESUMO:

Esta pesquisa tem como objeto de estudo os casos de retransplantes de células-tronco hematopoéticas (RCTH) realizado em pacientes previamente transplantados em um serviço de referência para este procedimento de alta complexidade no estado do Rio Grande do Norte. Nesse contexto, o presente estudo objetivou analisar os fatores associados ao insucesso dos transplantes de células-tronco hematopoéticas (TCTH) em pacientes submetidos ao retransplante em um serviço de referência no estado do Rio Grande do Norte entre os anos de 2008 a 2018. Trata de uma pesquisa de abordagem quantitativa, do tipo caso-controle, descritiva e analítica. Os dados foram coletados de fontes secundárias, dos prontuários dos pacientes atendidos pelo serviço em estudo e foram analisados de forma a verificar associação entre as variáveis clínicas e sociodemográficas com a realização do RCTH entre pacientes submetidos a um transplante anterior. A primeira parte do estudo se deu pela construção de uma análise do conceito de RCTH. Para cálculo da probabilidade de associação entre as características analisadas e o sexo foram utilizados o teste do Qui-quadrado de tendência, o teste Exato de Fisher e o teste Mann Whitney entre outros, de acordo com cada caso. Análises bivariada e multivariada foram utilizadas para avaliar a associação entre as variáveis selecionadas e estimar a magnitude da razão de chances (Odds Ratio), respectivamente, por meio do Statistic Package for Social Sciences versão 25.0. O nível de significância adotado foi de 0,05. O Protocolo de Pesquisa foi aprovado em seus aspectos éticos e metodológicos pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, com aprovação em 12 de abril de 2019 sob parecer 2.596.384 e CAAE: 80927417.9.0000.5537. Para a análise de conceito a amostra foi composta por 31 estudos. Como termo substitutivo destacou-se “Segundo transplante” e o conceito relacionado “Enxerto secundário”. Os atributos, antecedentes e consequentes mais frequentes foram respectivamente: única opção/forma de tratamento para rejeição ou falha do enxerto; falha do enxerto; e aumento da sobrevida. Dentre os 84 pacientes pesquisados no estudo caso-controle, 28 (33,33%) foram classificados como casos e 56 (66,67%) como controles, com idade média de 34,11, 51 (60,71%) eram do sexo masculino, 65 (77,38%) residiam no Rio Grande do Norte, 41 (48,81%) eram casados, 42 (50,00%) receberam atendimento no setor de transplante por cerca de 21 meses. Do total, 43 (51,19%; p<0,001) aguardaram até 15 dias do início do regime de condicionamento até o primeiro TCTH, o tempo médio para a realização do RCTH foi de 14,74 meses e 42 (50,00%) apresentaram uma sobrevida de cerca de 17 meses, 35 (41,67%) evoluíram com óbito e as causas mais prevalentes foram sepse (28; 33,34%), falência de múltiplos órgãos (14; 16,67%) e infecção pulmonar (8; 9,52%). A doença do enxerto contra hospedeiro (OR=9,17; IC=95%: 0,97-86,38; p=0,040) se mostrou um fator de risco para o RCTH. O ácido biliar também apresentou relação direta com o RCTH (OR=16,12; IC=95%: 2,05-128,12; p=0,001) e o uso de imunossupressor se configura como fator de proteção para o RCTH (OR=4,50; IC=95%: 1,38-14,69; p=0,009). A chance dos pacientes acometidos por sepse (OR=6,03; IC 95%: 1,386-26,205; p=0,017) e que utilizaram ácido biliar (OR=24,32; IC 95%: 2,853-261-608; p=0,004) e anticoagulante (OR=3,12; IC 95%: 1,023-10,756; p=0,046) realizarem RCTH é maior em relação aos pacientes que não desenvolveram sepse e que não utilizam essas medicações. A média de sobrevida global (SG) foi de 26,97 (p<0,001) anos. O presente estudo apresentou evidências científicas relevantes em relação aos fatores de risco para o RCTH e sobrevida dos pacientes. A sepse, a DECH e o ácido biliar demonstraram relação direta com o retransplante e os fatores sociodemográficos também foram relacionados ao RCTH.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ELEN FERRAZ TESTON - UFMS
Interna - 1552864 - ALLYNE FORTES VITOR
Presidente - 1352508 - MARCOS ANTONIO FERREIRA JUNIOR
Externo à Instituição - OLECI PEREIRA FROTA - UFMS
Interna - 1220598 - VIVIANE EUZEBIA PEREIRA SANTOS
Notícia cadastrada em: 16/10/2019 15:05
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