Banca de DEFESA: RAISSA SOUZA TAVEIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : RAISSA SOUZA TAVEIRA
DATA : 31/10/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Remoto
TÍTULO:

TELERREABILITAÇÃO E FISIOTERAPIA PRESENCIAL EM PESSOAS
COM DOENÇA DE PARKINSON: DADOS QUALITATIVOS E
QUANTITATIVOS DE UM ENSAIO CLÍNICO ALEATORIZADO.

 


PALAVRAS-CHAVES:

Reabilitação Baseada em Tecnologia; Terapia de Exercício; Adesão ao
Tratamento; Qualidade de vida; Pesquisa Qualitativa.

 


PÁGINAS: 163
RESUMO:

Introdução: A Fisioterapia desempenha papel central no manejo da Doença
de Parkinson (DP), atuando na redução de sintomas motores e não motores
e na promoção da qualidade de vida. Nos últimos anos, a telereabilitação
(TR) tem emergido como uma alternativa ou complemento à fisioterapia
presencial (FP), favorecendo o acesso, a continuidade do cuidado e a
redução de barreiras geográficas e logísticas. Objetivo: Analisar os efeitos da
TR em comparação à FP em pessoas com DP, considerando desfechos
clínicos quantitativos e qualitativos. Métodos: Ensaio clínico aleatorizado,
envolvendo pessoas com DP que participaram de um protocolo de
fisioterapia em grupo, com duração de 16 semanas, realizado de forma
presencial (FP) ou remota (TR). As avaliações ocorreram em quatro
momentos (baseline, 8, 16 e 24 semanas), utilizando instrumentos validados
para mensurar sintomas motores (MDS-UPDRS III), qualidade de vida (PDQ-
39), cognição (MoCA), equilíbrio e mobilidade funcional (TUG, FGA). A
adesão às sessões e os eventos adversos foram monitorados
sistematicamente. Adicionalmente, um estudo qualitativo foi conduzido, com
avaliações realizadas dois meses após o término das intervenções (24
semanas), por meio de entrevistas semiestruturadas, analisadas segundo a
técnica de Análise de Conteúdo de Bardin. A análise estatística inferencial
(ANOVA mista) foi utilizada para os desfechos quantitativos, enquanto os
dados qualitativos foram examinados de forma descritiva e temática,
buscando identificar percepções de benefícios, barreiras e facilitadores. 

Resultados: Os resultados quantitativos indicaram que a TR e a FP
promoveram melhora clínica nos sintomas motores e não motores. A FP
apresentou maiores ganhos nos domínios mobilidade e atividades de vida
diária do PDQ-39, bem como em equilíbrio e marcha, enquanto a TR
demonstrou maior estabilidade cognitiva (MoCA). A adesão às intervenções
foi elevada em ambos os grupos, e não foram identificados eventos adversos
graves. A análise qualitativa revelou experiências predominantemente
positivas em ambos os grupos, incluindo sentimentos de motivação,
acolhimento e bem-estar, além da valorização do apoio profissional. Como
fatores contextuais, destacaram-se o convívio social e o acesso à clínica no
grupo FP, e a conveniência e autonomia no grupo TR, embora este último
tenha relatado barreiras técnicas e necessidade de suporte familiar.
Conclusão: A TR e a FP mostraram-se estratégias seguras e eficazes para
pessoas com DP, apresentando perfis complementares quanto aos
benefícios. A escolha entre as modalidades deve considerar as
características individuais, preferências pessoais e contextuais, além da
necessidade de suporte tecnológico. Os achados reforçam a TR como
ferramenta viável e efetiva, ampliando o acesso e diversificando as opções
de cuidado em reabilitação da DP.

 

 


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ROGÉRIO JOSÉ DE SOUZA
Externo à Instituição - CARLÚCIA ITHAMAR FERNANDES FRANCO - UEPB
Externa ao Programa - 3374877 - LARISSA BASTOS TAVARES - nullPresidente - 2319151 - TATIANA SOUZA RIBEIRO
Externa à Instituição - THAIANA BARBOSA FERREIRA PACHECO - UFRN
Notícia cadastrada em: 10/10/2025 08:41
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2025 - UFRN - sigaa01-producao.info.ufrn.br.sigaa01-producao