Banca de QUALIFICAÇÃO: LUANA DANTAS DA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LUANA DANTAS DA SILVA
DATA : 06/10/2025
HORA: 09:00
LOCAL: Remoto
TÍTULO:

CONTROLE POSTURAL E FUNCIONALIDADE DE ADULTOS DE MEIA-IDADE E IDOSOS COM E SEM VESTIBULOPATIA CRÔNICA


PALAVRAS-CHAVES:

Doenças Vestibulares. Equilíbrio Postural. Tontura. Vertigem. Valores de Referência. Avaliação. Atividades Cotidianas.


PÁGINAS: 110
RESUMO:

Introdução: Indivíduos com déficit vestibular podem apresentar sintomas que podem comprometer o desempenho das atividades de vida diária (AVD). Também os instrumentos de avaliação do equilíbrio corporal podem ser aplicados para avaliar a confiança do equilíbrio corporal bem como seu desempenho em várias atividades realizadas pelos indivíduos com e sem disfunção vestibular (DV). No entanto, não há estudos que investigam a validade discriminativa e acurácia diagnóstica do ABC scale e do The Balance Evaluation Systems Test - MiniBESTest na diferenciação entre indivíduos com e sem DV. Objetivos: 1 - Avaliar o impacto das atividades diárias, por meio do Vestibular Disorders Activities of Daily Living Scale - VADL) em indivíduos com vestibulopatia crônica em relação às variáveis sociodemográficas, clínicas e funcionais. 2 - Avaliar a validade discriminativa e a acurácia diagnóstica do ABC scale e do MiniBESTest e seus domínios, para discriminar indivíduos com e sem DV. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa quantitativa analítica, realizada por meio do estudo clínico de corte transversal. Foram incluídos indivíduos dos sexos masculino e feminino, com idade entre 40 a 79 anos, distribuídos em Grupo 1 (G1) - sem diagnóstico de vestibulopatia, quedas e queixa de desequilíbrio corporal e/ou tontura, e o Grupo 2 (G2), foi constituído por indivíduos com vestibulopatia, histórico de quedas e queixa de desequilíbrio e/ou tontura/vertigem. Os grupos foram avaliados por meio de instrumentos, que contém: caracterização clínica, cognição (PCL); atividades diárias (VADL); nível de atividade física (IPAQ); confiança no equilíbrio corporal (ABC scale); e avaliação do equilíbrio corporal (MiniBESTest) com pontuações em porcentagem. O manuscrito 1 apresenta análises comparativas, sendo a amostra do G2 e o manuscrito 2 refere-se a um estudo metodológico de validade discriminativa e acurácia diagnóstica, baseada no consenso COSMIN e STARD, sendo a amostra do G1 e G2. 1 - Foram realizadas análises descritivas, teste Mann-Whitney ou de Kruskal-Wallis. 2 - Foram apresentados os dados descritivos, foi utilizado o teste de Mann-Whitney e calculado o tamanho de efeito pelo coeficiente de correlação rank-biserial (r)1. A acurácia diagnóstica da ABC scale, do MiniBESTest e de seus domínios para detectar presença ou ausência de vestibulopatia foi mensurada pela receiver operating characteristic curve (ROC curve), determinando o ponto de corte (PC), a sensibilidade, a acurácia e os valores preditivos positivo e negativo, os verdadeiros positivos (VP), falsos positivos (FP), falsos negativos (FN) e verdadeiros negativos (VN). Significância estatística foi considerada quando p < 0,05. Resultados: 1 - Foram avaliados 72 indivíduos com vestibulopatia crônica, a maioria do sexo feminino (80,8%), faixa etária de 40 a 59 anos (52,8%) e idade média de 59,03 anos (±DP 11,20) com principal diagnóstico sindrômico de vestibulopatia periférica (77,8%). Associações significativas foram encontradas (p<0,05) para a VADL total e as variáveis sexo feminino, escolaridade até nove anos, periodicidade do sintoma (diária/semanal), autorrelato de problemas de memória/concentração, insônia e medo de cair. Do mesmo modo a subescala funcional apresentou associação com escolaridade, periodicidade do sintoma, insônia e medo de cair, a subescala locomoção as mesmas variáveis, além de queixas cognitivas e sentimento de medo e a subescala instrumental ao tipo de tontura, problemas de memória/ concentração, insônia, quedas nos últimos seis meses e medo de cair. 2- Um total de 129 participantes foi avaliado, dos quais 76 (58,91%) apresentaram diagnóstico clínico de vestibulopatia. Quando comparada entre os grupos, a pontuação total da ABC scale (U = 600; p < 0,001), a pontuação total do MiniBESTest (U = 543; p < 0,001), e dos seus domínios “ajustes antecipatórios” (U = 854,50; p < 0,001), “respostas posturais” (U = 975,50; p < 0,001), “orientação sensorial” (U = 846,50; p < 0,001) e “marcha” (U = 679,50; p < 0,001) apresentaram diferença estatisticamente significativa. Foram encontrados os valores de área sob a curva - AUC (IC 95%) e PC total, para detectar presença de vestibulopatia do ABC scale [AUC= 0,851 (0,778-0,908); PC ≤72,50], Sensibilidade de 76% e Especificidade de 81%. Para o MiniBESTest pontuação percentual total, encontrou-se: [AUC= 0,875 (0,803-0,928); PC ≤82,14], Sensibilidade de 75% e Especificidade de 86%. Conclusões: 1 - O conhecimento das variáveis que deflagram a tontura e o desequilíbrio corporal é essencial na prevenção e no manejo adequado da reabilitação vestibular destes indivíduos, a fim de otimizar a realização das AVD. 2- A ABC scale e o MiniBESTest apresentam boa validade discriminativa para diferenciar indivíduos com e sem (DV) na faixa etária de 40 a 79 anos, com tamanhos de efeito moderados a fortes (r ≥ 0,39). Entre os domínios do MiniBESTest, o componente “marcha” é o mais indicado como medida rápida de triagem.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - FABIANE DE CASTRO VAZ - UnB
Externa à Instituição - SABRINA GABRIELLE GOMES FERNANDES MACEDO - UFRN
Presidente - 5566309 - VANESSA REGIANE RESQUETI FREGONEZI
Notícia cadastrada em: 24/09/2025 14:55
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2025 - UFRN - sigaa01-producao.info.ufrn.br.sigaa01-producao