Autoeficácia no manejo de pessoas com condições respiratórias
crônicas e síndrome pós-COVID-19
Assistência Domiciliar à Saúde; Autoeficácia; Doenças
respiratórias; Síndrome pós-COVID-19; Estudos de validação.
Introdução: Esta tese tem como objetivo contribuir para o aprimoramento do
manejo clínico e da adesão ao tratamento das doenças respiratórias crônicas
(DRC) e da síndrome pós-COVID-19, por meio da produção e síntese de
evidências científicas e da validação de instrumentos de avaliação. Métodos:
A pesquisa é composta por quatro estudos organizados em formato de
artigos científicos. O primeiro apresenta o protocolo metodológico de uma
revisão sistemática e meta-análise sobre os efeitos dos cuidados domiciliares
em adultos com DRC, publicado no periódico BMJ Open. O segundo estudo,
conduzido segundo as diretrizes Preferred Reporting Items for Systematic
reviews and Meta-Analyses (PRISMA), avaliou a eficácia dos cuidados domi-
ciliares em desfechos como mortalidade, tempo de internação, qualidade de
vida, autoeficácia, funcionalidade, readmissões hospitalares e custos, a partir
da inclusão de 20 estudos com 2.613 participantes. O terceiro estudo realizou
a tradução e adaptação transcultural do banco de itens PROMIS® Self-
Efficacy for Managing Daily Activities, com participação de especialistas e
população-alvo do Brasil e de Portugal. O quarto estudo, em
desenvolvimento, tem como foco a validação psicométrica desse instrumento
no contexto lusófono. Resultados esperados: Espera-se que os resultados
desta tese contribuam para a melhoria da atenção domiciliar, com impacto na
efetividade clínica, no uso racional de recursos públicos e no fortalecimento
da autonomia dos pacientes. A revisão sistemática e meta-análise busca
fornecer novas evidências sobre a efetividade dos cuidados domiciliares em
comparação à atenção hospitalar, com repercussões em desfechos como
mortalidade, tempo de internação, readmissões, funcionalidade e qualidade
de vida. A adaptação cultural do instrumento PROMIS® pretende
disponibilizar uma ferramenta sensível às especificidades sociolinguísticas
dos países lusófonos, incentivando a avaliação da autoeficácia e pro-
movendo intervenções mais personalizadas, educação em saúde e
protagonismo dos pacientes.