INFLUÊNCIA DO MÉTODO PILATES NA FORÇA E ATIVIDADE ELÉTRICA DOS MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS DE IDOSAS – ENSAIO CLÍNICO CONTROLADO RANDOMIZADO
Envelhecimento; Músculos respiratórios; Pilates.
A redução da capacidade fisiológica presente no processo de envelhecimento acarreta declínios marcantes na função pulmonar. O exercício físico promove diversas alterações positivas no âmbito físico e protege a função cardiorrespiratória. O objetivo desse trabalho foi investigar os efeitos de um programa de exercícios de Pilates sobre a força e atividade elétrica dos músculos respiratórios de idosas. Trata-se de um estudo clínico controlado randomizado, onde foram avaliadas 33 idosas com idades entre 65 e 80 anos (70,88 ± 4,32), saudáveis, sedentárias, sem deficiência cognitiva e aptas à prática de atividade física. A amostra foi dividida em 2 grupos, um Experimental com 16 idosas que fizeram exercícios de Pilates e um Controle (17) que não foi submetido aos exercícios, mas recebeu cartilhas educativas sobre o envelhecimento e cuidados com a saúde. As idosas foram avaliadas inicialmente e após um período de três meses, levando-se em conta as medidas da Pressão Inspiratória Máxima (PImáx) e Pressão Expiratória Máxima (PEmáx), obtidas através da Manovacuometria e a intensidade da atividade eletromiográfica que foi medida usando-se os valores de Root Mean Square (RMS), para os músculos diafragma e reto abdominal, durante a respiração diafragmática e a manobra de PImáx. Os dados foram analisados utilizando-se o SPSS versão 17.0. Foi adotado um nível de significância p valor < 0,05 e intervalo de confiança de 95%. O RMS aumentou nos dois músculos avaliados em ambos os testes, porém os dados foram significativos para o reto abdominal durante a respiração diafragmática (p = 0,03) e para o diafragma durante a manobra de PImáx (p = 0,01). Não houve variação significativa dos valores de PImáx e PEmáx. Os exercícios de Pilates foram responsáveis por aumentar a ativação elétrica dos músculos diafragma e reto abdominal num grupo de idosas saudáveis, mas não teve influência na alteração da força dos músculos respiratórios.