Capacidade funcional de idosos com DOENÇA de Alzheimer
Alzheimer, Incapacidade Funcional, Função Executiva; Equilíbrio Postural.
Introdução: A Doença de Alzheimer (DA) é a mais comum entre os idosos e representa 60% das demências diagnosticadas. Muitas investigações foram conduzidas sobre as sequelas cognitivas da DA, mas poucas se concentraram na extensão em que as deficiências nas habilidades cognitivas se traduzem em dificuldades na realização de atividades diárias. Objetivo: Verificar os fatores relacionados ao prejuízo da capacidade funcional e suas influências em relação aos dados sócio demográficos, clínicos, de estadiamento, mobilidade, equilíbrio postural e cognitivos de idosos com Doença de Alzheimer (DA). Métodos: Trata-se de um estudo observacional, analítico, de caráter transversal realizado em Natal-/RN. Participaram 40 idosos com idade igual ou superior a 60 anos com Doença de Alzheimer na fase Leve (CDR1) ou moderada (CDR2), com deambulação independente. Foram utlizados os instrumentos: questionário para avaliação de dados sociodemográficos e antropométricos; Mini-Exame de Estado de Saúde Mental (MEEM); Teste do desenho do Relógio (TDR); Teste de Fluência Verbal (TFV) Timed Up and Go Test (TUG) e Clinical Test of Sensory Organization and Balance (CTSIB). Foram realizadas análises descritivas simples, teste de Man Witney, teste de Correlação de Spearman, modelo de regressão linear e equação de predição (p<0,05 e IC de 95%). Resultados: A mediana etária da amostra caracterizou-se por 80 anos; destacou-se a maioria feminina (77,5%), A capacidade funcional apresentou mediana de 22,5 e a maioria apresentou desequilíbrio postural (62,5%), segundo o CTSIBForam gerados oito modelos de regressão linear e foi escolhido o último para a análise, pelo método “retroceder” e elaborada a equação de predição e possíveis interpretações. As variáveis assumidas nesse modelo citado foram: CDR, Fluência verbal e CTSIB. Estas variáveis explicam 60,1% do desfecho. Conclusão: O prejuízo da capacidade funcional de idosos com DA é fortemente influenciado pelo avançar da doença, pelas alterações de linguagem e funções executivas e o déficit do equilíbrio postural.