Propriedades Magnéticas de Jacobsitas Nanométricas
Jacobsitas, Ferrita de Manganês, Superparamagnetismo, Ferrimagnetismo
Nesse trabalho, amostras de Jacobsitas (MnFe2O4) foram sintetizadas pelo método Pechini e calcinadas em atmosfera ambiente e em vácuo em temperaturas entre 400 até 1000º. Os resultados da Difração de Raio-X (DRX) e de Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) mostram que as amostras tratadas em 400ºC são compostas por fase única tipo espinélio, com tamanho de cristais por volta de 8.6nm para amostras calcinadas em atmosfera ambiente e 18.7nm para as amostras tratadas em vácuo. A histerese revela características de comportamento superparamagnético. A magnetização de saturação obtida foi de 29.3emu/g (Campo Máximo de 1.2T). A amostra tratada em 500ºC sob atmosfera ambiente mostra, alem de fase tipo espinélio, fases secundárias de hematita (Fe2O3) e bixbyita (FeMnO3). A histerese mostra uma queda brusca na magnetização em comparação com as amostras anteriores. As amostras tratadas em mais altas temperaturas (600ºC e 700ºC) têm apenas fases bixbyita e hematita. A histerese destas amostras são linhas retas cruzando a origem, consistente com o comportamento antiferromagnético das fases. A amostra tratada a vácuo em 400ºC mostra fase tipo espinélio com grande aumento na magnetização de saturação. Uma determinação quantitativa das relações de fases e do tamanho do cristalito foram obtidos por refinamento Ritveld dos difratogramas de Raio-X e por Espectroscopia Mösbauer.