Investigando a rotação de estrelas gêmeas e análogas solares com o Código de Evolução Estelar de Toulouse-Genebra
(TGEC)
.Estrelas: evolução - Estrelas: interiores - Estrelas: campo magnético - Estrelas: rotação - Estrelas: tipo solar
Uma das questões mais debatidas atualmente no campo da física estelar é a evolução rotacional do Sol e de estrelas
semelhantes ao Sol, principalmente as gêmeas e análogas solares. Nessa área, existem inúmeras questões ainda não
completamente respondidas, como a compreensão dos fenômenos que influenciam a quantidade de momento angular que as
estrelas podem ter durante a fase da Pré-Sequência Principal e que mecanismos atuam nos interiores estelares ao longo da
evolução, determinando os perfis de rotação hoje observados. Em todos os casos, sabemos que o magnetismo estelar tem um
papel de destaque. Neste trabalho usamos modelos calculados com o Código de Evolução Estelar de Toulouse-Genebra
(TGEC) para estudar a evolução rotacional de três amostras de estrelas gêmeas e análogas solares do campo, além de revisitar
estudos com estrelas análogas de aglomerados abertos. Em nossas análises, utilizamos duas prescrições distintas de freio
magnético que simulam a perda de momento angular devido aos ventos estelares. Encontramos algumas discrepâncias entre os
nossos modelos e as amostras estelares estudadas. Para as estrelas mais jovens que o Sol, o ajuste deve se dar pelo cálculo de
modelos com maior velocidade angular de rotação inicial. Para as estrelas mais velhas que o Sol, muito se discute atualmente
sobre os métodos de cálculo das idades estelares, sobre a seleção das amostras e sobre um possível enfraquecimento do freio
magnético devido a alterações no dínamo estelar. Além das melhorias das análises aqui realizadas, propomos a implementação
das equações do dínamo de Tayler-Spruit para investigar mais a fundo o papel do magnetismo sobre a rotação de estrelas
gêmeas e análogas solares.