VÍNCULOS OBSERVACIONAIS EM MODELOS COSMOLÓGICOS NÃO ADITIVOS: DA VISCOSIDADE VOLUMAR À DINÂMICA
Cosmologia, Setor Escuro, Não-aditividade, Viscosidade Volumar, Análise Bayesiana
A partir das atuais observações cosmológicas, a matéria escura e a energia escura são as componentes energéticas que dominam a evolução e a dinâmica do universo presente, à medida que a matéria bariônica e radiação tem uma parcela menor que 5% da energia total cósmica. Ainda que necessários para descrever alguns dados observacionais, a natureza do setor escuro permanece um mistério para a Cosmologia. Nesta tese, estudamos modelos cosmológicos com viscosidade volumar. Dotado de uma interpretação alternativa da viscosidade volumar e da dinâmica do universo a partir de efeitos microscópicos baseados na
Mecânica Estatística não-aditiva, propomos uma extensão do modelo ΛCDM. Este cenário leva em conta efeitos não-aditivos sobre a lei de equipartição de energia, bem como uma interpretação de matéria escura viscosa através da correspondência não-extensiva/dissipativa (NexDC). A fim de impor vínculos observacionais nos parâmetros do modelo e comparar modelos, realizamos uma Análise Bayesiana considerando os dados de supernova do tipo Ia, oscilações acústicas bariônicas e radiação cósmica de fundo. Os resultados obtidos foram que o efeito de viscosidade não-extensiva é descartado em 1σ de confiança, mas em 2σ de confiança temos um cenário com viscosidade. Do ponto de vista de comparação de modelos, os modelos propostos têm evidências inconclusivas desfavoráveis em respeito ao ΛCDM. Na segunda parte da tese, consideramos uma descrição de energia escura viscosa nos escopos da dinâmica do universo modificado pela teoria não-aditiva bem como a padrão. Com a finalidade de impor limites observacionais, realizamos uma Análise Bayesiana usando dados de cronômetros cósmicos, supernova do tipo Ia, oscilações acústicas bariônicas e radiação cósmica de fundo. Como decorrência da análise, obtemos que uma viscosidade volumar é descartada em 1σ no contexto de energia escura. No quesito comparação modelos, podemos concluir que os modelos de energia escura viscosa também são descartados se comparados ao modelo ΛCDM.