Banca de DEFESA: BERNARDO FORTON ODLAVSON GONÇALVES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : BERNARDO FORTON ODLAVSON GONÇALVES
DATA : 10/09/2018
HORA: 09:00
LOCAL: AUDITÓRIO DO DFTE
TÍTULO:

 Estrelas gigantes ricas em lítio: um estudo da anomalia química e do campo magnético desses objetos


PALAVRAS-CHAVES:

Estrelas: abundâncias. Estrelas: campo magnético. Estrelas: Gigantes. Estrelas: parâmetros fundamentais. Estrelas: pequena massa. Estrelas: tipos tardios.


PÁGINAS: 80
RESUMO:

De acordo com a teoria padrão de evolução estelar, as estrelas pouco massivas (tipo espectral K e G) devem chegar ao início da sequência principal (ZAMS) com abundância de lítio próxima ao valor meteorítico, que é de 3,3 dex, e manter uma abundância elevada até que atinjam a primeira zona de dragagem no Ramo das Gigantes Vermelhas (RGB). Após o término dos processos de diluição, já na região do red clump, tais estrelas deveriam apresentar uma abundância de lítio relativamente baixa. Entretanto, aproximadamente 1-2% de todas as estrelas gigantes K e G observadas apresentam uma abundância anormalmente alta de lítio (≥ 1,5 dex). Várias são as possibilidades encontradas na literatura para reconciliar teoria e observação, porém nenhuma delas é capaz de explicar todos os cenários em que essas anomalias químicas acontecem.

 

O objetivo do nosso trabalho é apresentar um novo estudo sobre as estrelas ricas em lítio de tipo espectral G e K, e analisar se existem características particulares às ricas em lítio que apresentam campo magnético detectado. Montamos uma base de dados de 20 estrelas gigantes — retiradas de Charbonnel e Balachandran (2000), Kumar, Reddy e Lambert (2011), e Lèbre et al. (2009) — e calculamos seus parâmetros fundamentais e o campo magnético longitudinal para uma subamostra das estrelas com espectros observados em alta resolução e disponíveis no PolarBase (Petit et al., 2014).  No que diz respeito aos estados evolutivos, utilizamos paralaxes recentemente fornecidas pelo satélite Gaia da ESA. Para tanto, utilizamos a ferramenta de análise espectral iSpec (Blanco-Cuaresma et al., 2014) e a técnica do Least-Squares Deconvolution (LSD) (Donati et al., 1997). Obtivemos resultados para os parâmetros fundamentais e abundância de Li usando o mesmo procedimento para todas as estrelas. Assim, temos a confiabilidade em comparar estrelas provenientes de diferentes bases e que possivelmente tiveram seus espectros tratados de maneiras distintas. Obtivemos relações entre abundância de Li, velocidade de rotação, e presença de campo magnético que estão de acordo com o previsto na literatura. Concluímos que cada estrela precisa ser analisada de forma individual e com maiores detalhes espectroscópicos para que a real natureza de sua abundância de Li seja desvendada. A razão isotópica 12C/13C, e a razão elementar C/N, precisam ser investigadas para determinarmos com precisão a posição de algumas estrelas (da nossa base) no diagrama H-R.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 4857669 - JEFFERSON SOARES DA COSTA
Presidente - 2496004 - JOSE DIAS DO NASCIMENTO JUNIOR
Interno - 2887830 - MATTHIEU SEBASTIEN CASTRO
Externo à Instituição - THARCISYO SA E SOUSA DUARTE - UFCA
Notícia cadastrada em: 20/08/2018 16:53
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa05-producao.info.ufrn.br.sigaa05-producao