“Não-Extensividade no Contexto da Atividade Magnética Solar: O Problema da Assimetria Hemisférica”
manchas solares, atividade magnética solar, não-extensividade, distribuição de probabilidade
Diversos indicadores de atividade solar, tais como número de manchas solares, área das manchas e flares, sobre a fotosfera do Sol não são distribuidos de forma simetrica. Este comportamento é também conhecido como Assimetria Norte-Sul dos diferentes indices solares. Dentre as diferentes conclusões obtidas por vários autores, nós podemos apontar que a assimetria N-S é um fenômeno sistemático e real e não devido à variabilidades aleatórias. No presente trabalho, as distribuições de probabilidade dos dados provinentes do satélite Marshall Space Flight Centre (MSFC) da NASA são investigadas usando uma ferramenta estátistica originada da bem-conhecida Mecânica Estatística Não-Extensiva proposta por C. Tsallis em 1988. Nós apresentamos nossos resultados e discutimos suas implicações físicas com a ajuda do modelo teórico e observações. Nossos resultados revelam que existe uma forte dependência entre o parâmetro entrópico não-extensivo e a variabilidade de longo-termo presente nos dados de área de manchas solares. Dentre os resultados mais importantes, nós destacamos que a assimetria do índice $q$ revela o domínio do hemisfério norte em relação ao sul. Este comportamento já foi discutido e confirmado por vários autores, mas em nenhum momento eles atribuiram tal comportamento à uma propriedade estatística do modelo. Com isso, concluimos que tal parâmetro pode ser considerado como uma medida eficiente para diagnosticar variações de longo-termo do dínamo solar. Finalmente, nossa dissertação abre um novo caminho para investigar séries temporais em Astrofísica pela ótica da não-extensividade.