Rotação e Atividade de Estrelas F,G, e K observadas pelos satelites CoRoT e KEPLER
Estrelas, Atividade, Rotação, Curvas de Luz, Séries temporais
A questão de quão singular o Sol aparenta ser quando o comparamos com uma classe de estrelas de tipo solar, em termos da sua atividade e rotação, tem sido objeto de uma intensa investigação nas últimas três décadas. Recentemente, os telescópios espaciais CoRoT e Kepler observaram inúmeras estrelas (163 mil estrelas com o CoRoT e 400 mil estrelas com o Kepler) com uma riqueza e precisão sem precedentes, nos dando a oportunidade de estudar a rotação e a variabilidade estelar com base em curvas de luz para milhares de estrelas de tipo solar (de tipos F, G e K). As curvas de luz para esta classe de estrelas geralmente mostram flutuações devido à modulação rotacional originadas por características magnéticas (manchas e/ou fáculas) na superfície de uma estrela, como também depende do período do ciclo magnético. Nesta Tese, apresentamos medidas do período de rotação de uma grande amostra de estrelas que encontram-se na vizinhança solar e que foram observadas pelos satélites CoRoT e Kepler. Os períodos de rotação foram detectados unificando as técnicas de função de autocorrelação, Lomb-Scargle e wavelet. Identificamos também, um conjunto de estrelas análogas e gêmeas solares da missão Kepler, de onde derivamos seus estados evolutivos, períodos de rotação e idades usando a girocronologia. Já para a atividade estelar utilizamos um proxy da modulação da curva de luz como indicativo. Com base na física solar, comparamos a variabilidade temporal da irradiância solar total (TSI) com a variação do período de rotação solar ao longo de um ciclo solar. Utilizamos esta analise na interpretação da variabilidade das curvas de luz dos satélites CoRoT e Kepler para tentar conectar as estruturas responsáveis pela evolução intrínseca modulação das curvas de luz, bem como determinar o impacto do ciclo solar nas medidas do período de rotação para as estrelas do tipo F, G e K.