O PROCESSO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM SERVIÇO SOCIAL NA CENA CONTEMPORÂNEA: VELHOS DILEMAS E NOVOS DESAFIOS
Ensino Superior. Formação Profissional. Modo de produção capitalista. Serviço Social
O presente projeto de dissertação tem por objetivo analisar o processo de formação profissional em Serviço Social no município de Natal/RN. A pesquisa se baseará na perspectiva crítica-dialética de análise do objeto a ser estudado, a partir de uma abordagem qualitativa do mesmo. Para sua efetivação utilizaremos as seguintes técnicas metodológicas: pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, entrevistas e grupo focal. Delimitamos como foco de análise três instituições de Ensino Superior que ofertam o curso de graduação em Serviço Social – uma universidade presencial pública, uma universidade presencial privada e uma instituição de nível superior a distância. O Público alvo da pesquisa serão os coordenadores de curso, docente e discentes das respectivas instituições de ensino. A escolha do objeto de estudo parte da compreensão de que, num contexto regido pela política econômica neoliberal, o Ensino Superior sofre diversas reformas que visam adequar a formação profissional às novas exigências do capital, exigências estas que refletem o processo de reestruturação produtiva e flexibilização do mundo do trabalho. A formação profissional em Serviço Social a partir dos anos 1980, período caracterizado pela aproximação da profissão com a perspectiva marxista de análise da realidade social, passa a ser norteada por valores e princípios ético-políticos que objetivam uma nova ordem societária. Tais princípios, defendidos hegemonicamente pela categoria profissional, vão de encontro às concepções hegemônicas na sociedade capitalista como um todo, marcadas pela lógica neoliberal e por uma perspectiva de ensino e aprendizagem pragmática e acrítica. Assim, compreendemos que o processo de formação profissional em Serviço Social enfrenta diversos desafios, visto que vivenciamos um contexto de exaltação de uma formação profissional aligeirada, em que o ensino universitário tende a ser reduzido à transmissão de conhecimentos e ao adestramento de mão-de-obra, comprometendo a própria qualidade dessa formação.