Análogo de reservatório carbonático; Análise estrutural quantitativa; P20, P21 e P10; Lei da potência e lei exponencial; Topologia.
Os reservatórios carbonáticos são complexos e heterogêneos. Diante da presença de fraturas e processos
de dissolução podem ter suas propriedades petrofísicas alteradas. As fraturas se relacionam com a textura
da rocha afetando a porosidade e permeabilidade. Para esta pesquisa foram selecionados três
afloramentos localizados no Lajedo Arapuá (Arapuá I, II e III), em Felipe Guerra/RN, inseridos na
Formação Jandaíra – Bacia Potiguar. O objetivo do estudo é ressaltar a importância da análise estrutural
quantitativa por meio de ferramentas de alta resolução para aprimorar a modelagem de reservatórios
carbonáticos fraturados, contemplando escalas de investigação não compreendidas pelos métodos
tradicionais. Este objetivo foi alcançado com o uso das seguintes metodologias: Veículo Aéreo Não
Tripulado (VANT), aquisições de linhas de varredura (scanlines) e áreas de varredura (scanareas). Para
tal, os dados estruturais coletados foram processados para a obtenção dos valores de P20, P21 e P10, e a
realização de estudos estatísticos e topológicos. Foi identificada uma variação nos parâmetros citados
em relação aos setores do lajedo e a proximidade com o eixo da dobra Apodi, disposto paralelamente a
um corredor de fraturas NE-SW. É possível verificar um aumento no grau de deformação e conectividade
entre os elementos estruturais com a proximidade do eixo da dobra, ocorrendo agrupamento (clusters)
de fraturas associadas aos sets N-S e NW-SE. Tais características, associadas a estudos mais
aprofundados, indicam que as rochas carbonáticas presentes nesta zona são excelentes análogos de
reservatórios de geofluidos.