ESTUDO SISMOESTRATIGRÁFICO DA ELEVAÇÃO RIO GRANDE (ATLÂNTICO SUL)
Elevação do Rio Grande; Magmatismo Eoceno; Bacia de Santos.
A Elevação do Rio Grande é o maior platô assísmico do Atlântico Sul, sendo dividida em três porções com deferentes histórias geológicas: uma porção oeste, uma porção central mais elevada e uma porção leste. Sua origem tem sido atribuída a pluma e/ou ponto quente Tristão-Gough, no contexto de separação entre América do Sul e África no Santoniano-Coniciano. No Eoceno, a porção central teria sido afetada por um magmatismo alcalino que teria sido o responsável por sua expressiva elevação. Nosso objetivo foi fazer o reprocessamento de 4 linhas sísmicas nesta porção central da Elevação do Rio Grande e, com o auxílio de um furo de sondagem do Deep Sea Drilling Project (DSDP), fazer interpretação detalhada dessas linhas. Foi possível gerar um perfil geológico-estrutural de escala regional, o qual confirma a presença de tectônica distencional e sugere reativação bem mais recente. Propomos uma correlação entre os edifícios vulcânicos do Eoceno na Elevação do Rio Grande e o magmatismo na supersequência Pós-Rifte da Bacia de Santos, devido suas idades e arranjos dentro do pacote sedimentar. Após uma nova migração das linhas sísmicas, identificamos falhas e feições morfo-estruturais (chaminés e pockmarks), que devem ser evidências da presença de gás, o que é favorável à presença de hidrocarbonetos na Elevação do Rio Grande.