MODELAGEM ESTRUTURAL FÍSICA DA FORMAÇÃO DAS MARGENS EQUATORIAL E LESTE DO BRASIL DURANTE A RUPTURA DO GONDWANA
Modelagem estrutural física; Margem Equatorial brasileira; Margem Leste brasileira; Particle Image Velocimetry; Move 2015.
A modelagem estrutural física é uma ferramenta que fornece informação sobre os diversos estágios evolutivos de estruturas geológicas. Neste trabalho foram desenvolvidos modelos físicos envolvendo os três tipos de ambientes cinemáticos (Série I), e a simulação do desenvolvimento das margens equatorial e leste brasileiras durante a ruptura entre o continente Sul-americano e Africano (Série II). Na primeira série de experimentos, foi modelada uma falha transcorrente cuja geometria desenvolve uma extremidade com ambiente distensivo, com geração de uma bacia oblíqua, e outra com ambiente compressivo, onde se desenvolveram falhas de empurrão. A utilização de softwares adicionais à modelagem tais como, sistema Particle Image Velocimetry e MOVE 2015, mostrou a interação entre segmentos da transcorrência, denominado FX e Y, respectivamente nos setores compressional e distensional, e o desenvolvimento de falhas reversas e normais nas suas extremidades. Na extremidade compressiva o segmento FX secciona o alto estrutural formado, influenciando na propagação dos empurrões. Já na extremidade distensional, o segmento Y promove a ligação entre as falhas normais antitéticas da bacia oblíqua. A combinação entre perfis verticais, obtidos no último estágio de deformação do modelo físico e o software de interpretação sísmica, MOVE 2015, permitiu a visualização 3D da geometria interna das falhas, e identificar espacialmente o segmento de falha Y. Na Série II, dois modelos simulados, variando o ângulo de rotação das placas (modelo I e II). Duas fases deformacionais foram verificadas (D1- rotação horária e D2 migração para oeste da placa móvel representativa da Sul-americana). A fase D1 foi semelhante para os dois modelos, com o desenvolvimento de um rifte de trend NE, embora o modelo I tendo como diferença a presença de estruturas compressivas na extremidade NW da placa móvel. Nos estágios inicais da fase D2, o deslocamento para oeste da placa móvel, equivalente à Sul-americana, promoveu o desenvolvimento de uma margem transcorrente de trend EW equivalente a margem equatorial sul-americana. Nesta fase, a união entre as margens (equatorial e leste) foi tardia no modelo II, com a região NE da placa móvel a ser o último ponto a romper.