Origem, evolução, caracterização e modelagem 3D de sistemas eólicos recentes no litoral potiguar
Superfícies limitantes, GPR, dunas costeiras.
O estudo da história evolutiva de sistemas eólicos do litoral potiguar está sendo realizado a partir da elaboração de um arcabouço cronoestratigráfico e da datação de níveis específicos, escolhidos com base na análise de superfícies limitantes. O arcabouço cronoestratigráfico está sendo montado com base nos radargramas obtidos de aquisições geofísicas realizadas com o GPR (Ground Penetrating Radar), na praia de Pitangui, que dista 30 km de Natal. Foram imageadas também a geometria interna de rochas do Grupo Barreiras e da Formação Natal (ou Potengi), denominados informalmente de Supra-Barreiras. Foi ainda realizada a perfuração de um poço, com testemunhagem contínua, para permitir a correlação entre as fácies sedimentares (das três unidades) e suas respectivas radarfácies. Amostras de sedimentos foram coletadas, ao longo da linha de GPR, para a análise textural e a identificação de minerais pesados. Com as informações adquiridas na aquisição geofísica com o GPR e a partir dos dados do poço foi possível definir quatro radarfácies para quatro diferentes sistemas e subsistemas deposicionais: eólicos (lençóis de areia, dunas, pavimento de deflação) e fluviais (canal fluvial). Com esta informação é possível também determinar as locações dos poços e as profundidades onde serão coletadas as amostras para datação, por Termoluminescência (TL)/Luminescência Oticamente Estimulada (LOE). Espera-se que com este trabalho que seja possível correlacionar os períodos de máxima expansão dos sistemas eólicos costeiros estudados com mudanças climáticas e/ou fases de variação relativa do nível do mar.