Padrões de Distribuição de elementos terras-raras e análises Sm-Nd nas suítes magmáticas ediacaranas a cambrianas no extremo NE da Província Borborema, NE do Brasil
Elementos Terras Raras; suítes plutônicas; coeficientes de forma; isótopos Sm-Nd.
O magmatismo Ediacarano a Cambriano no extremo NE da Província Borborema é representado por seis suítes definidas por critérios químicos, mineralógicos e petrográficos, sendo estas as suítes Shoshonítica, Cálcio-alcalina de alto K Porfirítica, Cálcio-alcalina de alto K Equigranular, Cálcio-alcalina, Alcalina e Alcalina Charnockítica. Contudo, como algumas divergências foram observadas entre os resultados de um corpo específico classificado na Suíte Alcalina, o Stock Flores, este foi analisado separadamente. Este trabalho apresenta como objeto principal o estudo dos padrões de Elementos Terras Raras utilizando uma nova metodologia para aplicação dos padrões em problemas petrogenéticos tendo o magmatismo Ediacarano a Cambriano nos domínios Rio Piranhas – Seridó e São José de Campestra como universo amostral. Desta forma, a utilização do método de lambda para obtenção dos coeficientes de forma (i.e. λ0, λ1, λ2, λ3), os valores médios para os coeficientes de forma (notação λ0/λ1/λ2/λ3) observados são para Shoshonítica (5,36/8,68/108,65/-1438,32), Cálcio-alcalina de alto K Porfirítica (5,34/11,83/141,35/-1464,81), Cálcio-alcalina de alto K Equigranular (5,43/9,29/152,15/-1486,88), Cálcio-alcalina (4,77/5,44/149,65/-1383,71), Alcalina (3,85/3,49/174,37/-1282,47), Alcalina-Flores (5,63/4,12/152,31/-1166,31) e Alcalina Charnockítica (5,60/9,98/128,10/-1638,25). Os resultados apontam forte influência no fracionamento de feldspatos nos padrões ETR observados, principalmente no que diz respeito às anomalias de Eu observadas utilizando λ0 como um marcador de fracionamento de plagioclásio. Alguns outros minerais como granadas, clino e ortopiroxênios podem apresentar influência sobre os baixos valores de λ1 e altos valores de λ3 enquanto que os minerais que particionam álcalis influenciam valores altos de λ2. Os resultados de Sm-Nd, também foram catalogados e apontam para valores de εNd negativos, corroborando com uma fonte enriquecida. As idades modelo TDM indicam variações de idade entre o paleoproterozoico (estateriano) e o mesoarqueano, o que evidencia diferentes idades para as fontes destas rochas. Ademais as idades modelo T2DM apresentam uma variação entre paleoproterozoico e paleoarqueano. Além disso, a interpretação é que a Suíte Shoshonítica tenha como fonte o manto enriquecido associado a uma zona de subducção relacionado ao evento Transamazônico/Eburniano (ca. 2,15 Ga), enquanto as rochas das demais suítes têm como fonte a crosta continental relativas ao embasamento gnáissico-migmatítico paleoproterozoico a arqueano.