Análise Estrátigráfica das Sequências Drifte Regressiva da Bacia Potiguar, NE do Brasil
Estratigrafia de Sequências; Sismoestratigrafia; Sequências Drifte Regressivas; Bacia Potiguar, Leques Submarinos
O presente trabalho compreende a análise estratigráfica da seção Drifte Regressiva da Bacia Potiguar, a luz nos conceitos modernos da Estratigrafia de sequências e com base na integração de dados de poços e sísmicos de reflexão. A análise realizada possibilitou o reconhecimento de conjuntos de ciclos deposicionais, com base nos padrões de progradação e retrogradação das fácies, observados nos poços, e a associação destes a tratos de sistemas, também caracterizados na sísmica. Desta maneira, o intervalo estudado, que engloba, litoestratigraficamente, as formações Tibau, Guamaré e Ubarana, pôde ser compartimentado em cinco sequências deposicionais, e essas, subdivididas de acordo com Hunt & Tucker (1992) em quatro ciclos de menor hierarquia: Trato de sistemas de Nível Baixo, Trato de Sistemas Transgressivo, Trato de Sistemas de Nível Alto e Trato de Sistemas de Regressão Forçada. As sequências 1 e 2, mais basais, são bastante semelhantes, e marcadas, principalmente, pelo padrão progradacional; a Sequência 3 é caracterizada pela ampla dominância de litótipos carbonáticos, ao passo que, as sequências mais jovens (4 e 5) são predominadas por arenitos. Nas regiões de talude, o intervalo estudado é bastante afetado por falhamentos e marcado, em sua totalidade por fácies pelíticas associadas a deposição fluxos gravitacionais. Por fim, nas porções de bacia profunda, todas as sequências se comportam similarmente, sob a forma de depósitos hemipelágicos e turbidíticos de baixa densidade.