ÍNDICE DE VULNERABILIDADE COSTEIRA E RISCO À INUNDAÇÃO EM EVENTOS EXTREMOS NO ESTUÁRIO DO RIO PIRANHAS-AÇU COM UTILIZAÇÃO DE IMAGENS DE SENSORES ORBITAIS E DE LiDAR AEROPORTADO
Dinâmica costeira, Geotecnologias, Enchentes, Mudanças Climáticas, Erosão Marinha, Uso e Ocupação.
As zonas costeiras e estuarinas em todo mundo são caracterizadas por intensa dinâmica ambiental, decorrente das interações entre atmosfera, litosfera, bioesfera e hidrosfera. Nesses locais, concentram-se recursos naturais que têm sofrido forte ocupação por atividades socioeconômicas, provocando riscos de que a população em seu entorno seja afetada por alterações nesses processos de dinâmica ambiental diante das mudanças climáticas globais. Diante disso, estabeleceu-se para o caso do Estuário do Rio Piranhas-Açu, no Estado do Rio Grande do Norte (RN) a aplicação do o método de Índice de Vulnerabilidade Costeira à Erosão (IVC) para diferentes cenários de mudanças climáticas, em que são ponderadas variáveis físicas e dinâmicas do ambiente, empregando geotecnologias como o processamento digital e imagens multiespectrais do Landsat 8-OLI e dados altimétricos de levantamento aeroportado de LiDAR, controlados por métodos geodésicos de precisão e estatísticos. Os mapas temáticos obtidos foram integrados em sistema de informações geográficas onde efetivou-se a simulação do risco à inundação do estuário baseado em diferentes cenários de projeções da elevação do nível médio do mar em condições de eventos extremos, segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC). Os resultados da melhor e da pior projeção mostraram entre 17% 42% da linha de costa está sob condições de alta e muito alta vulnerabilidade à erosão e entre 274- 291 km² da planície estuarina está em risco de inundação.