O papel das principais falhas rift na evolução das bandas de deformação na Bacia do Rio do Peixe, Brasil
Bandas de deformação; falhas de borda; zonas de cisalhamento; reativação
Muitos estudos têm investigado a evolução e propriedades das bandas de deformação, mas pouco se sabe quanto a suas ocorrências e relações com as falhas de borda. Essas falhas se formaram pela reativação frágil da herança estrutural no embasamento cristalino, pertencentes as zonas de falhas principais rifte. No entanto, há também influência pós-rifte nessas falhas. O principal objetivo desse trabalho é analisar a influência da fase sin-rifte e pós-rifte e como as bandas de deformação se comportam em cada fase.A reativação das zonas de cisalhamento dúctil no Cretáceo Inferior, em escala continental, levou ao desenvolvimento de bacias de rift no NE Brasil. Essas zonas de cisalhamento formam uma rede de estruturas de direção NE e E-W com centenas de quilômetros de comprimento e 3-10 km de largura. Eles foram reativados na Orogenia Brasiliana a aproximadamente 540-740 Ma. A reativação frágil dessas estruturas ocorreu no Neocomiano, entre 140-120 Ma) antes da quebra das placas Sul Americana e Africana no Cretáceo tardio. A Bacia do Rio do Peixe se formou na intersecção das zonas de cisalhamento Portalegre, de direção NE-SW, e a zona de cisalhamento Patos E-W. Os sistemas de falhas frágeis desenvolvidas pela reativação das zonas de cisalhamento são a Falha Portalegre e Falha Malta, respectivamente. Como metodologia de estudos, foi usado dados estruturais de campo e imagens de satélite. Nossos resultados indicam que as falhas de borda influencia a ocorrência de bandas de deformação.