ANÁLISE CLÍNICA E ECONÔMICA DA CONVERSÃO DO PANTOPRAZOL INTRAVENOSO PARA ORAL EM PACIENTES CRÍTICOS
Pantoprazol; Administração Intravenosa; Administração Oral; Avaliação Econômica; Cuidado Farmacêutico;
Antecedentes: Os inibidores da bomba de prótons, amplamente utilizados em pacientes hospitalizados, costumam apresentar elevado número de prescrições inadequadas pela via intravenosa, mesmo quando a via oral é elegível. Objetivo: avaliar desfechos econômicos da recomendação para Terapia Sequencial Oral em pacientes críticos em uso de pantoprazol intravenoso, aceitação médica e os efeitos sobre tempo de uso por via de administração, tempo de hospitalização e mortalidade. Método: Estudo quase-experimental de minimização de custos realizado em uma UTI privada (2019 a 2023), incluindo 172 pacientes (86 no grupo intervenção – GI; 86 no grupo controle –GC). No GI, o farmacêutico recomendou a conversão IV-VO aos médicos; no GC, os pacientes foram somente observados. Foram comparados custos (medicamentos e insumos), taxa de conversão e desfechos clínicos via análise univariada (p < 0,05). Resultados: A Terapia Sequencial Oral ocorreu em 100% dos pacientes do GI versus 17,4% no GC (p < 0,001). O custo diário da terapia oral foi 50 vezes menor (R$ 0,23 vs. R$ 11,12; p < 0,001), resultando em redução expressiva no custo total (R$ 178,71 vs. R$ 13.959,30). Houve ainda menor tempo médio de uso intravenoso (4,4 vs. 10,5 dias; p = 0,001) e maior uso por via oral (7,1 vs. 1,5 dias; p < 0,001), sem diferenças em mortalidade ou tempo de hospitalização. Conclusão: A Terapia Sequencial Oral reduziu custos e o uso desnecessário de pantoprazol intravenoso, com alta aceitação médica e sem impacto clínico adverso, configurando-se como estratégia multiprofissional sustentável para otimização da farmacoterapia.