Ações e Atividades Geopolíticas Voltadas para a Formação Técnico-Científica no Setor Espacial
STEAM; Ciência e tecnologia Aeroespacial; Educação; Divulgação científica; Ações governamentais.
O mundo passou por mudanças econômicas, políticas e sociais de modo mais intenso e acelerado desde o início da globalização das comunicações, com o advento dos satélites artificiais. Essas mudanças refletiram diretamente no dinamismo da educação apesar do modelo de aula ainda ser bastante prescritivo e dogmático, não incentivando os alunos a tornarem-se protagonistas no processo de aprendizagem. O interesse pela Ciência e Tecnologia, bem como pela exploração espacial, está frequentemente relacionado à subculturas que adotam meios de entretenimento específicos, em vez de pesquisas científicas reais como um incentivo vocacional. Com poucos jovens buscando carreiras em matemática e ciências, há uma escassez de profissionais qualificados para atuação em C&T aeroespacial. Contudo, há fortes indícios de que é possível reverter esse quadro por meio de iniciativas educacionais inovadoras, algumas já em execução ao redor do mundo. Acreditando que apostar nos jovens é criar alternativas para um mundo diferente, diversas entidades, públicas ou privadas, em diversos países, voltaram-se na busca de projetos motivacionais e de baixo custo. Atividades lúdicas e a metodologia STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática) apresentam uma interessante ferramenta no auxílio de reverter o quadro atual e aproximar esses alunos com os cursos de Ciências Exatas e da Terra, bem como das atividades espaciais. Nesta dissertação apresentou-se, em um primeiro momento, a análise de modelos interessantes e utilizados mundialmente. O modelo STEAM, com um foco operacional, aborda atividades orientadas ao estímulo da curiosidade, a partir de uma nova abordagem de aprendizagem, que prezem pela multidisciplinaridade em sala de aula, bem como utilizem práticas em oficinas voltadas ao foco da atividade “hands-on”. Os modelos de GESTÃO, como ferramenta essencial após a Constituição de 1988, apresentam-se como balizadores para um gerenciamento administrativo-financeiro mais eficiente. Em um segundo momento buscou-se, na literatura disponível, iniciativas vocacionais-educacionais de sucesso que pudessem somar positivamente para aperfeiçoar o modelo escolhido pela iniciativa brasileira. Foi mostrado ainda alguns dados de gastos históricos em C&T e educação formal-informal, com o intuito de comparar algumas prioridades ao redor do mundo e, principalmente, no Brasil. Como resultado chegou-se a proposição de ações para impulsionar o projeto vocacional espacial brasileiro, com atividades de curto, médio e longo prazo que despertem o interesse dos alunos pela ciência espacial e tecnologias afins, voltadas para astronomia e exploração espacial.