AVALIAÇÃO DA BIODEGRADABILIDADE DE PETRÓLEO, UTILIZANDO MICRORGANISMOS ISOLADOS DO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI (RN)
Biodegradabilidade de petróleo, mangue, consórcio bacteriano, biorremediação, método OxiTop-C, condutivimetria, respirometria
A atividade petrolífera do RN constitui uma ameaça permanente aos ecossistemas costeiros, principalmente os manguezais, com a possibilidade de derramamentos de óleo. Desta forma, o objetivo desse estudo foi avaliar a degradação de petróleo (óleo cru) pelo consórcio bacteriano isolado em solo de mangue do Estuário do Rio Potengi (RN). A formação do consórcio bacteriano foi realizada pela técnica de enriquecimento de culturas no qual foram isoladas treze linhagens de bactérias. Em se tratando do estudo cinético do consórcio, pode-se observar ausência da fase lag atingindo-se uma concentração celular máxima de 2,15 g/L em 12 h de cultivo. A biodegradação foi monitorada através de dois métodos de respirometria: manométrico (OxiTop-C®) e condutivimetria. Quando utilizou-se o solo contaminado com 1% de petróleo, pelo método manométrico, a eficiência de degradação foi efetiva, atingindo 67%, o que ultrapassa a porcentagem mínima exigida pela OECD 301f, 60%. No entanto, as eficiências de degradação obtidas nos demais ensaios, não atingiram a porcentagem mínina recomendada pelas normas para que a degradação seja considerada efetiva. Observou-se, ainda, que a adição de inóculo incrementou a eficiência de degradação, mas não a ponto de tornar a degradação efetiva. Os resultados desse estudo mostram que o petróleo não seria degradado pela atenuação natural. Apesar da adição de inóculo no solo melhorar a eficiência de degradação, estudos que otimizem um processo de biorremediação in situ no caso de contaminação por petróleo em um eventual acidente são necessários.