Contribuição da catodoluminescência para entendimento da diagênese da Formação Jandaíra: área de campo de petróleo da Fazenda Belém e Lajedo Rosário
Formação Jandaíra, Carbonatos, Catodoluminescência, Bacia Potiguar
A área em estudo localiza-se a oeste da Bacia Potiguar (Campo da Fazenda Belém) e no Lajedo do Rosário (Município de Felipe Guerra - RN). Os dois objetivos principais deste trabalho é identificar as diferentes fases minerais que preenchem fraturas e vugs a elas associados, bem como suas condições de formação e determinar a composição química das diferentes fases cimentantes, a partir da técnica da catodoluminescência. Esta técnica baseia-se na emissão de luz ultravioleta ou luz visível estimulada por bombardeamento eletrônico em uma amostra. Em minerais, pode ser ativada pela presença de defeitos, impurezas e elementos traços. As análises foram realizadas no laboratório de catodoluminescência do Departamento de Geologia da UFPE. Foi utilizado o equipamento composto de um microscópio petrográfico modelo NIKON ECLIPSE E600 W POL, com câmera acoplada para micrografias modelo NIKON H-III e módulo da catodoluminescência para microscópio ótico CLmK4 8200 da Cambridge Technology LTD. As imagens foram obtidas com a potência do feixe variando entre 15 e 20 kv.Os resultados alcançados mostram que nas imagens de CL de determinadas amostras, da área estudada, ocorre uma predominância de cores, na qual uma ausência de ativadores poderia ser característica de uma zona escura e a presença de algum ativador ou de ativadores poderia ser característica de uma área de luminescência de baixa, média ou alta intensidade. Sabendo que os principais ativadores e dissipadores conhecidos são os íons Mn2+ e o Fe2+, as zonas escuras mostradas nas imagens de CL significam uma precipitação a partir de águas redutoras, totalmente livres ou com uma presença significativa de íons inibidores em solução. Também foram mostrados nas imagens de CL zonas que foram formados a partir de águas oxidantes com baixa ou alta concentração de ativadores, favorecendo luminescência de baixa ou alta intensidade. A mudança brusca da luminescência de escura para moderada é devido à precipitação de uma água com flutuações químicas.