SISTEMAS MICROEMULSIONADOS NA REMOÇÃO DE DANO ORGÂNICO EM MEIO POROSO ARENÍTICO
dano à formação, restauração, deposição orgânica, arenito Botucatu, microemulsões.
Como consequência da composição do petróleo e condições as quais está submetido dentro do reservatório durante o fluxo, alguns componentes mais pesados podem vir a segregar-se e acabam por se precipitar na superfície da rocha causando redução da permeabilidade, restringindo a produção ou injeção de fluidos. A essa redução de permeabilidade natural na região próxima ao poço dá-se o nome de dano à formação por deposição orgânica. O destaque neste trabalho é dado a utilização de sistemas microemulsionados, conhecidos pela sua alta capacidade de solubilização, no tratamento de dano à formação por disposição orgânica, em particular ao causado pela precipitação dos asfaltenos. Este trabalho foi dividido em duas etapas principais, sendo elas: Caraterização dos fluidos utilizados e avaliação de eficiência de em ensaios de injeção em meio poroso. Como fluidos percussores de dano foram utilizadas misturas Petróleo Fazenda Belém/n-heptano (FZBHEP). Para formulação dos sistemas de tratamento foram utilizados os tensoativos ALKONAT L90 e ULTRANEX NP 100, o n-butanol como co-tensoativo e o querosene como fase oleosa. Os resultados de caracterização mostraram que o petróleo Fazenda Belém é um óleo pesado, viscoso e com teor significativo de asfaltenos, que o arenito Botucatu tem como principal constituinte a sílica. Os resultados dos testes de injeção mostraram que a mistura FZBHEP foi capaz de causar dano de 15%, em média, enquanto os sistemas microemulsionados utilizados chegaram a obter 81% de eficiência na remoção de dano, semelhante a eficiência do xileno, mostrando assim ser uma alternativa ao uso de solventes aromáticos, com a vantagem de ser mais aceitável operacionalmente e ambientalmente.