AVALIAÇÃO DA REMOÇÃO DE BTEX EM ÁGUA POR VERMICULITA
vermiculita, BTX, águas subterrâneas, adsorção
O tratamento de águas subterrâneas contaminadas por compostos orgânicos voláteis tem sido alvo de muitos estudos. Vários desses contaminantes, como por exemplo, os BTXs (benzeno, tolueno e xilenos) são capazes de causar sérios problemas ao meio ambiente e à saúde humana, devido a sua elevada toxidade, e por apresentarem potencial carcinogênico e mutagênico. A técnica de adsorção utilizando argilas minerais para remoção de orgânicos constitui um dos principais métodos de tratamento de efluentes, pois envolve materiais considerados eficientes pela existência e atraentes pelo seu baixo custo. Portanto, o objetivo principal deste trabalho foi avaliar a eficiência de remoção dos BTXs presente em uma solução sintética de gasolina, através do processo de adsorção utilizando a vermiculita natural, após processo de purificação para remoção de impurezas (VP), e a vermiculita ácida (VA) como materiais adsorventes. Os materiais foram caracterizados por FRX, DRX, MEV/EDS, TG/DTG, DSC e FTIR. Os ensaios de adsorção foram realizados à temperatura ambiente, com pH igual a 6,0 e variando-se a concentração das amostras da argila em 5, 10 e 20 g.L-1, num tempo de reação de 120 minutos. Variou-se o pH em 3,0 e 9,0 para o ensaio considerado o mais eficiente na remoção dos monoaromáticos, a fim de comparar os resultados de adsorção com o pH natural da solução. Os resultados mostraram que para todos os ensaios, VA e VP apresentaram boa capacidade de remoção dos BTXs. Considerou-se a vermiculita ácida, na concentração de 5 g.L-1, em pH 6,0, como sendo a condição mais efetiva nesse estudo de adsorção dos BTXs, apresentando remoção próxima a 90% para o tolueno e xilenos, e 80% para o benzeno.