VIVENCIAS FORA DA SALA DE AULA: INTEGRAÇÃO ESCOLA-ESPAÇOS NÃO FORMAIS NO ENSINO DE CIÊNCIAS
ESPAÇOS NÃO FORMAIS DE ENSINO; ENSINO DE CIÊNCIAS; FORMAÇÃO CONTINUADA; ABORDAGENS INOVADORAS; DIVULGAÇÃO CIENTIFICA.
Os Espaços Não Formais de Ensino (ENFE), quando adequadamente explorados, tendem a permitir o desenvolvimento de valores, competências e habilidades no processo de ensino-aprendizagem de Ciências, além de promover a aproximação do público com conhecimentos científicos, capazes de auxiliá-los a compreender diversos aspectos do mundo que os cerca. Considerando esta perspectiva se faz necessário preparar professores capazes de realizarem atividades em ENFE de forma que promova aprendizagem significativa a seus alunos. Portanto, a presente pesquisa tem como objetivo contribuir com a formação continuada de professores de ciências e biologia no uso de ENFE como complemento à escola, com ênfase em abordagens didáticas inovadoras para a aprendizagem de conceitos científicos curriculares, a luz da aprendizagem significativa, e da cultura científica. Para tanto, foi realizada uma pesquisa qualitativa com professores de ciências da rede municipal de ensino de Natal/RN. O percurso metodológico consiste em: (i) identificação das percepções dos professores sobre ENFE e abordagens didáticas inovadoras na prática docente; (ii) elaboração e aplicação de oficina didática sobre o uso de ENFE; (iii) analise do processo formativo da oficina na pratica pedagógica dos professores. Para a coleta de dados utilizou-se a aplicação de questionário, entrevistas semiestruturadas, registros escritos e a observação participante. Diante dos dados, realizou-se a análise de conteúdo com base no referencial de Bardin (2010). Os resultados evidenciam que o uso de ENFE pelos professores, apesar de estar presente em sua prática docente, é realizado com base em concepções equivocadas relacionadas à dificuldade de planejamento das atividades nesses espaços, além de dificuldades quanto à utilização de estratégias e abordagens didáticas inovadoras. Em relação a analise do processo formativo na pratica docente, constatou-se que, a partir da formação e das vivencias, houve um maior alcance na mudança na prática docente, e consequentemente superação dos obstáculos para prática de atividades em ENFE. Como produto desta pesquisa elaborou-se um Roteiro de Analise do Potencial Didático de ENFE (RAPDENFE), instrumento que avalia o potencial didático de ENFE para auxiliar e direcionar o planejamento de aulas de ciências e biologia nestes espaços, além de um manual com sequencia de atividades em ENFE vivenciadas nessa pesquisa.