AVALIAÇÃO DO PAPEL DOS RECEPTORES AT1 E AT2 NA DOENÇA PERIODONTAL EXPERIMENTAL INDUZIDA POR LIGADURA
Angiotensina II; AT1; AT2; Doença Periodontal
A doença periodontal é um processo inflamatório que pode ser influenciado por diversas condições, entre elas, o Sistema Renina-Angiotensina, que tem como principal modulador a Angiotensina II. A Angiotensina II interage principalmente com dois receptores, tipo 1 (AT1) e tipo 2 (AT2). Esse trabalho objetivou avaliar os efeitos da interação da Angiotensina II com seus receptores, AT1 e AT2, e de que forma essa interação poderia influenciar o desenvolvimento da doença periodontal. Foram utilizados seis grupos, três controles e três experimentais, com dez animais cada um, utilizando três linhagens distintas de camundongos: selvagem (WT), AT1 e AT2. A doença periodontal foi induzida através de ligadura, com fio de nylon, e após catorze dias os animais foram submetidos à eutanásia. A perda óssea e a inflamação foram analisadas através de MICRO-CT, análise histológica e imunohistoquímica. Com o intuito de analisar se as variações genéticas teriam influência sobre as características fenotípicas do tecido ósseo foram realizadas análises de amostras da coluna vertebral e do fêmur dos animais das três linhagens utilizadas. Os resultados obtidos a partir das amostras de coluna vertebral demonstraram que em relação ao volume ósseo do fêmur houve diferença significativa (p ≤ 0.01) entre os animais WT e a linhagem AT1. Com relação à densidade óssea, nas amostras de coluna vertebral, houve diferença significativa p ≤ 0.01 em relação à linhagem selvagem e o animal AT1 e em relação ao animal selvagem e a linhagem AT2. Já em relação à separação das trabéculas houve diferença entre os três grupos p ≤ 0.05, mas apenas nas amostras de coluna vertebral. Na análise de número de trabéculas ósseas houve diferença significativa nas amostras de vértebra: entre o grupo selvagem com o AT2 (p ≤ 0.05) e entre o grupo WT com AT1 (p ≤ 0.01); nas amostras de fêmur o p valor foi de p ≤ 0.01, em ambas as comparações: WT-AT1 e WT-AT2. Na análise das amostras de maxila a perda óssea do tipo linear houve diferença significativa entre os animais saudáveis e seus respectivos doentes, com p ≤ 0.001. Nos resultados de volume ósseo houve diferença significativa entre os animais WT doentes e saudáveis e entre os animais AT2 saudáveis e doentes (p ≤ 0.001). Com relação à densidade óssea houve diferença significativa apenas entre os animais WT doentes e seu respectivo saudável, p ≤ 0.01.