ESTUDO DE DESSULFURIZAÇÃO POR ADSORÇÃO EM ALUMINOSFOSFATO
IMPREGNADO COM MOLIBDÊNIO
enxofre, adsorção, molibdênio, aluminofosfato
As discussões sobre o problema da poluição causada por emissões veiculares é antiga e vêm evoluindo com o passar do tempo. A procura por tecnologias mais limpas, o aquecimento global e as alterações climáticas cada vez mais freqüentes induziram as indústrias e os órgãos governamentais a impor novos limites cada vez mais rigorosos para os teores de contaminantes nos combustíveis, os quais impactam diretamente nas emissões atmosféricas. Atualmente a forma de melhorar a qualidade dos combustíveis, quanto ao enxofre, é através do processo de hidrodessulfurização e recentemente, os processos de adsorção tem aparecido como uma alternativa bastante interessante à remoção de enxofre, pois tais processos são mais simples e operam a temperaturas e pressões atmosféricas. O presente trabalho contempla a síntese e caracterização do ALPO VFI impregnado com zinco, molibdênio ou ambos e sua aplicação no estudo da remoção de enxofre da gasolina através do processo de adsorção, utilizando uma gasolina modelo contendo iso-octano e tiofeno. Os adsorventes foram caracterizados por difração de raios-X, análise termogravimétrica (TG), análise térmica diferencial (DTA), fluorescência de raios-X, microscopia eletrônica de varredura (MEV). A área específica, volume e diâmetro de poros foram determinados por BET (Brunauer-Emmet-Teller) e método t-plot. O Processo de adsorção foi avaliado em função da variação da temperatura e da concentração inicial de enxofre através das isotermas de adsorção e de seus parâmetros termodinâmicos. O enxofre foi quantificado por analise elementar através do ANTEK 9000 NS. Os parâmetros variação de entropia (ΔS), variação de entalpia (ΔH) e variação da energia livre de Gibbs (ΔG) foram calculados pelo gráfico de ln(Kd) versus 1/T. As isotermas de adsorção foram obtidas com os dados experimentais de equilíbrio. Os modelos de Langmuir, Freundlich e Langmuir-Freundlich foram ajustados aos dados experimentais, tendo o último apresentado os melhores resultados. Os testes termodinâmicos foram realizados nas temperaturas de 30, 40, 50ºC e constatou-se que o processo de adsorção é espontâneo e exotérmico. A cinética da adsorção foi estudada por 24 horas e mostrou que a capacidade de adsorção para os adsorventes estudados segue a seguinte ordem: MoZnPO > MoPO > ZnPO > ALPO