Métodos não convencionais para extração e produção de biodiesel a partir da Moringa Oleífera Lam.
Moringa Oleífera; biodiesel, extração
Atualmente, grande parte do biodiesel é produzido a partir de óleos comestíveis como o óleo de soja, de girassol ou de canola, o que tem levado a uma séria preocupação, pois a produção de biodiesel compete diretamente com a comercialização desses óleo para o consumo humano. Essa competição acarreta em um crescente aumento do preço desse óleo no mercado, além do mesmo ser responsável por grande parte do preço do biodiesel (70 a 85%). Diante disto, faz-se necessário a descoberta de novos materiais para a produção do biodiesel, sendo aqui apresentada a Moringa, com alto teor de óleo (39%), constituída de glicerídeos de ácidos oléico, linoléico, palmítico e esteárico. A Moringa Oleifera é uma espécie de planta pertencente à família das Moringaceae originária da Índia, sendo cultivada nos trópicos do planeta. O alto teor de glicerídeos de ácido oléico indica o grande potencial de produção de biodiesel a partir da sementes de Moringa. O óleo desta planta apresenta alta estabilidade à oxidação. Neste trabalho foram realizados estudos sobre diversas formas de extração ( enzimática, prensagem mecânica e com solventes orgânicos) do óleo de Moringa, com a posterior caracterização físico-química, a fim de se comprovar a qualidade deste óleo para a produção de biodiesel. Para a extração utilizando enzimas Neutrase 0.8L foram obtidos rendimentos superiores a 16%, já para a extração com solventes foram obtidos rendimentos de 35% para a extração com hexano e 32% com etanol. Para a extração com prensagem mecânica foram obtidos rendimentos de 25%. O óleo que obteve menores índices de acidez foi o óleo extraído com hexano, apresentando valores próximo a 1%, sendo, portanto o óleo mais indicado para a produção de biodiesel pela rota catalítica básica. Todos os óleos extraídos apresentaram viscosidades próximas a 40 cP. Também foram realizadas sínteses de biodiesel utilizando as metodologias convencionais e in situ, sendo a etapa convencional com metanol, e a etapa in situ com etanol, ambos com o catalisador básico KOH. Os rendimentos em ésteres apresentaram bons resultados em ambas as técnicas. As análises fisico químicas de ambas as técnicas utilizadas se apresentaram dentro dos limites aceitáveis pela ANP.