“HIDRÓLISE DE RESÍDUOS LIGNOCELULÓSICOS UTILIZANDO EXTRATO ENZIMÁTICO CELULOLÍTICO PRODUZIDO POR TRICHODERMA REESEI ATCC 2768”
Resíduos lignocelulósicos, Extrato Enzimático e Hidrólise Enzimática
Extrato enzimático celulolítico produzido a partir de bagaços de pedúnculo de caju e de casca de coco cultivada por Trichoderma reesei ATCC 2768 em incubador rotatório foi utilizado para estudar o processo de hidrólise enzimática contendo os mesmos resíduos de bagaço do pedúnculo de caju e bagaço de coco como substrato, quando esses substratos foram pré-tratados alcalinamente (com NaOH 1M) e por explosão a alta pressão e combinando-se esses dois pré-tratamentos. Os ensaios de hidrolise foram realizados em condições de 125 rpm, 50ºC e pH inicial 4.8 durante 108 horas. O extrato produzido utilizando bagaço de caju tratado alcalinamente como substrato (1,337 UI/mL de CMCase e 0,074 UI/mL de FPase) apresentou rendimento de hidrólise de 90% de açúcares redutores (AR’s) produzidos e uma velocidade inicial de hidrolise 0,094 g/l.h, enquanto que o extrato obtido utilizando-se bagaço de coco tratado com NaOH 1M (0,64 UI/mL de CMCase e 0,07 UI/mL de FPase) apresentou uma velocidade inicial de hidrólise de 0,025 g/l.h e um rendimento de 48%. No caso dos bagaços tratados por explosão a alta pressão, verificou-se que o caldo enzimático obtido utilizando como substrato pedúnculo de caju (0,547 UI/mL de CMCase) apresentou menor rendimento de hidrólise 53,52% de AR’s e em relação ao bagaço de coco explodido a alta pressão (1,147 UI/mL de CMCase e 0,071 de FPase), apresentou um rendimento de hidrólise de 81%, verificou-se uma velocidade de hidrólise para o bagaço de pedúnculo de caju de 0,014 g/l.h e o bagaço da casca de coco de 0,029 g/l.h. Entretanto, quando se utilizou os bagaços pedúnculo de caju e casca de coco, submetidos a alta pressão e alcalino, obteve-se um caldo enzimático para o pedúnculo de caju (1,154 UI/mL de CMCase e 0,107 de FPase), indicando um rendimento de hidrólise de 88% e uma velocidade inicial de 0, 029 g/l. h, já na casca de coco verificou-se um extrato enzimático (0,538 UI/mL de CMCase e 0,013 UI/mL de FPase), com uma velocidade de hidrolise de 0,018 g/l.h e um rendimento de 69%. Dessa forma, conclui-se que o tratamento preliminar possibilitou melhorar a digestibilidade dos resíduos uma vez que foram obtidos bons rendimentos de hidrólise, onde a celulose presente no substrato converte-se em açúcar fermentescível com a ação da enzima, sendo importante para uma posterior fermentação alcoólica.