VALORIZAÇÃO DE LIGNINA DO COCO VERDE: PRODUÇÃO DE NANOPARTÍCULAS PARA ENCAPSULAMENTO DE BIOATIVOS E IMOBILIZAÇÃO DE LIPASES COM LIGNOSULFONATO
lignina; coco verde; nanopartículas; lignosulfonato; encapsulamento; imobilização de enzimas
A valorização de resíduos agroindustriais, como a fibra de coco verde, oferece oportunidades sustentáveis para o desenvolvimento de produtos de alto valor agregado. Rica em lignina, essa biomassa permite a obtenção de materiais funcionais com ampla aplicabilidade. Esta proposta visa à extração e modificação da lignina proveniente do coco verde para duas finalidades principais: (i) produção de nanopartículas para encapsulamento de bioativos e (ii) obtenção de lignosulfonato (LS) atuando como surfactante na imobilização e hiperativação de lipases. A lignina será extraída após pré-tratamento alcalino, sendo posteriormente utilizada para síntese de nanopartículas por precipitação pelo método antissolvente e atomização, e encapsulamento quercetina, avaliando a influência das condições operacionais na eficiência do encapsulamento. Posteriormente, será realizada a avaliação do perfil de liberação controlada. As amostras serão caracterizadas por técnicas como FTIR, DRX, TG, e MET. Paralelamente, lignosulfonato será obtido por sulfometilação e aplicado em sistemas de imobilização de lipases (CALB e Eversa), de três formas distintas: CLEAs magnéticos, nanoflores híbridas e suportes de quitosana e o efeito do biossurfactante sobre a atividade catalítica das enzimas será investigado. Os imobilizados com lignosulfonato serão avaliados com base na sua estabilidade térmica, reuso e atividade enzimática e os resultados comparados com os valores obtidos sem adição de LS e com adição de surfactante comercial previsto na literatura (CTAB e Triton). A proposta aborda duas contribuições inovadoras para encapsulamento de bioativo e biocatálise, aliando viabilidade técnica, relevância ambiental e potencial industrial, contribuindo para o uso eficiente de lignina como matéria-prima renovável.