DEGRADAÇÃO FOTOCATALÍTICA DE RODAMINA B UTILIZANDO FERRITAS DE COBRE E NÍQUEL SINTETIZADAS PELO MÉTODO DE COMPLEXAÇÃO COMBINADO EDTA-CITRATO
Ferritas mistas de cobre e níquel, degradações fotocatalíticas,
Rodamina B.
A poluição mundial tem aumentado cada vez mais em virtude da ampliação
industrial e consequentemente crescimento global. O ambiente aquático é um dos mais
afetados, sendo encontrados muitos tipos de poluentes diferentes, que causam variação
de pH e temperatura, aumento da demanda química de oxigênio e redução da demanda
bioquímica de oxigênio. Os corantes, compõem a classe desses poluentes, possuindo
natureza orgânica e resistência a tratamentos convencionais, sendo necessário a
aplicação de processos mais eficazes como os Processos Oxidativos Avançados
(POA’s). Os POA’s abrangem uma vasta gama de processos, tendo entre esses, métodos
que utilizam catalisadores semicondutores para promover a geração de radicais
hidroxilas (HO), podendo ser esses catalisadores de diversas naturezas, e entre elas, as
ferritas. As ferritas, possuem fórmula geral, MFe 2 O 4 , são materiais magnéticos estáveis
química e mecanicamente, onde M representam cátions de metais bivalentes podendo
ser representado por uma mistura deles a fim de melhorar as propriedades dos materiais.
A partir disto, a presente qualificação de dissertação de mestrado tem como finalidade a
utilização de ferritas mistas de cobre e níquel (Ni x Cu 1-x Fe 2 O 4 ), em diferentes proporções
(x = 0; 0,2; 0,8 e 1), para degradar fotocataliticamente o corante Rodamina B,
simulando um efluente industrial contendo corante, a fim de verificar qual o material
mais efetivo na degradação. Onde, as ferritas mistas de cobre e níquel foram
sintetizadas pelo método de complexação combinado EDTA-Citrato, de acordo com a
metodologia desenvolvida por Rodrigues (2020) , calcinadas a 700 °C durante 240
minutos, posteriormente caracterizou-se as amostras por DRX, Refinamento Ritveld,
MEV-FEG, TG, FT-IR e ERD UV-Vis. Após desenvolveu-se uma série de testes para
definir qual a abordagem mais eficiente de degradação do corante Rodamina B, sendo
elas: autodegradação, fotólise e fotocatálise, onde as degradações fotocatalíticas
apresentaram melhores resultados. Por fim alterou-se parâmetros de reação como pH e carga de catalisador a fim de encontrar as condições ótimas de reação, os quais foram atingidos para uma carga de catalisador de 0,62 g/L, pH = 10 e concentração de corante de 10 ppm. Por fim as amostras contendo maior teor de cobre CuFe 2 O 4 e Ni 0,2 Cu 0,8 Fe 2 O 4 , obtiveram os melhores resultados de degradação com aproximadamente 60% deremoção do corante Rodamina B.