Banca de DEFESA: BEATRIZ DE AZEVEDO
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.DISCENTE : BEATRIZ DE AZEVEDO
DATA : 20/05/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Via Google Meet
TÍTULO:
Produção de celulases e xilanases por uma nova espécie fúngica - Achaetomium lippiae URM 7547 - utilizando a fibra de coco verde pré-tratada por explosão a vapor
PALAVRAS-CHAVES:
Fungo endofítico, fibra do coco verde, fermentação submersa, enzimas
PÁGINAS: 95
RESUMO:
Os endófitos, que podem ser bactérias, fungos ou protozoários, são pouco estudados. Estima-se que existem mais de 250.000 diferentes espécies de plantas e um milhão de endofíticos no mundo, o que caracteriza uma média de quatro diferentes espécies associadas a uma espécie vegetal. Por estarem dentro da planta, esses microrganismos podem ser uma rica fonte de biomoléculas de interesse industrial, como é o caso da produção de enzimas hemiceluloliticas. Neste contexto, este estudo tem como objetivo geral, estudar a capacidade da espécie fúngica endofítica, Achaetomium lippiae URM 7547, pouco citada na literatura, em produzir celulases e xilanases por meio de um cultivo submerso utilizando como substrato a fibra da casca de coco verde pré-tratada por explosão a vapor. Inicialmente avaliou-se o potencial de A. lippiae URM 7547 em produzir hidrolases (amilase, lipase, protease, celulase, xilanase e pectinase) em meio de cultivo sólido (72h a 30°C) com substratos indutores para cada enzima em específico objetivando-se configurá-lo como um produtor enzimático. Para comparação de resultados, utilizou-se o crescimento do Trichoderma reesei CCT 2768 sob mesmas condições de indução. O A. lippiae URM 7547 apresentou-se como um potencial produtor de amilases, proteases e celulases, com um índice enzimático maior que 1,5 (IE > 1,5) assim como o T. reesei CCT 2768. Quantificou-se, também, o rendimento de conversão de substrato em biomassa celular (Yx/s ) de A. lippiae URM 7547 e sua velocidade máxima de crescimento (µmáx) em meio líquido contendo glicose e xilose e três concentrações de substratos e meios nutrientes com fontes de carbono e nitrogênio variadas com o intuito de verificar se o fungo é adepto a cultivos submersos e qual a melhor condição para seu crescimento. Os melhores resultados para o meio líquido contendo glicose foi em 96h de cultivo no meio 3, contendo peptona e extrato de levedura, com Yx/s iguais a 0,062 ± 0,04 g.g-1, 0,072 ± 0,04 g.g-1, e 0,076 ± 0,03 g.g-1, para as concentrações de 5, 10 e 20 g.L-1 de substrato, respectivamente. Para o meio contendo Xilose o melhor resultado foi durante 144h de cultivo com valores de Yx/s iguais a 0,52 ± 0,08, 0,59 ± 0,09 e 0,65 ± 0,03 g.g-1 para 5,0, 10,0 e 20,0 g.L-1, respectivamente, também no meio 3. Por fim, iniciou-se a fermentação submersa para produção de celulases e xilanases. A caracterização lignocelulósica da fibra de coco verde in natura e pós pré-tratamento por explosão a vapor realizada com a finalidade de verificar o rendimento do pré-tratamento foi o penúltimo passo da dissertação. Pós pré-tratamento houve uma diminuição de 14% de extraíveis em relação a fibra in natura, visto ser de fácil remoção por solventes; um aumento em 8% de celulose e uma diminuição de 6% de hemicelulose; a lignina permaneceu estatisticamente igual (p>0,05). Na FSm, o Ensaio Q com condição de 33°C, 109 esporos.mL-1, e 30,0 g.L-1 de substrato, foi o que apresentou melhor rendimento com relação as quatro enzimas quantificadas, com atividades enzimáticas (U.mL-1) de 0,41 ± 0,06, 5,94 ± 0,31 e 0,08 ± 0,035 e 9,12 ± 0,28 para FPase, CMCase, Celobiase e Xilanase, respectivamente. Por fim, o A. lippiae URM 7547 configurou-se como um bom produtor de celulases e xilanases, além de outras enzimas hidrolíticas como é o caso de amilases e proteases, com um ótimo rendimento de crescimento em meios submersos.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1346198 - EVERALDO SILVINO DOS SANTOS
Externo ao Programa - 3652554 - FRANCISCO CANINDE DE SOUSA JUNIOR
Externo à Instituição - MARCELINO GEVILBERGUE VIANA - IFPB
Externo à Instituição - PEDRO FERREIRA DE SOUZA FILHO