NOVOS DESENVOLVIMENTOS TECNOLÓGICOS PARA A ELIMINAÇÃO DE POLUENTES VOLÁTEIS NO TRATAMENTO DE SOLOS ASSISTIDOS ELETROQUIMICAMENTE
Extração de vapor de solo; eletrocinética; campo elétrico, hexaclorociclohexano; lindano
O tratamento de solos poluídos é uma das prioridades na busca por um planeta mais sustentável. A remediação de solos assistida eletroquimicamente tem sido considerada uma boa opção, especialmente quando associado a outros processos, removendo os contaminantes orgânicos contidos no solo. Entretanto, os processos de base eletroquímica geram uma contaminação secundária de gases e líquidos, assunto pouco explorado na literatura, especialmente sobre a produção de fluxos gasosos. Nesse cenário, foi proposto neste trabalho a combinação de duas tecnologias para o tratamento de solos contaminados com compostos organoclorados: lavagem de solo associada a remediação eletrocinética (EKSF) com extração de vapor (SVE). Os experimentos foram desenvolvidos em escalas de bancada e piloto. Os resultados em escala de bancada mostraram que essa tecnologia pode remover mais de 90% de compostos fenólicos contidos em um solo bruto após 14 dias de tratamento, enquanto testes envolvendo a remediação de um solo enriquecido com lindano alcançou 50% de remoção. Na escala piloto, foram estudados dois processos na remediação de uma matriz envelhecida contendo uma mistura de hexaclorociclohexanos (γ-HCH, ε-HCH, α-HCH, δ-HCH) integrada a uma matriz sintética natural de solo compactada. A primeira, foi investigado a remediação eletrocinética (EK) com SVE, alcançando uma remoção de 70% quando usado apenas SVE. A perda de conteúdo de água na proximidade do cátodo aconselha sobre a necessidade de usar tecnologias de descarga eletrocinética em vez de simples eletrocinética direta. A outra abordagem utilizou o EKSF com SVE, alcançando 90% de remoção quando integradas as tecnologias. Os resultados demonstram que a combinação de EKSF e SVE pode ser positiva, mas é necessária a aplicação de campos elétricos elevados para promover uma temperatura mais elevada no sistema em escala piloto, o que melhora a volatilização do HCH contido no sistema. O transporte EK é aprimorado com a aplicação de campos elétricos, mas esses processos de transporte são muito mais lentos do que os processos de volatilização que são os primários neste sistema.