Aproveitamento total do fruto de Castanhola (Terminalia catappa Linn) na produção de pectinases e celulases por Fermentação em Estado Sólido (FES) utilizando Aspergilus niger IOC 3998 e utilização de seus compostos bioativos
Terminalia catappa Linn, compostos bioativos, inibição enzimática, nanoemulsão, poligalacturonase, celulases, fermentação em estado sólido
O fruto de castanhola (Terminalia catappa Linn) são comestíveis mas não possuem valor comercial. Nesse contexto, o presente estudo investigou o potencial do fruto de castanhola para o desenvolvimento do extrato com propriedades bioativas visando inibir a enzima α-amilase e o uso em cosméticos. Além disso o fruto também foi utilizado como substrato para obtenção de pectinases e celulaes a partir de fermentação em estado sólido (FES). Os extratos da polpa apresentaram valores de compostos fenólicos (2,984mg/g ± 0,38), flavonóides (1,644mg/g ± 0,21), flavonóis (0,123mg/g ± 0,001) e antocianinas totais (0,505mg/g ± 0,09) e a inibição da enzima α-amilase alcançando 100% com extrato concentrado. Para o encapsulamento por nanoemulsões, utilizando água destilada como fase aquosa, Crodamol OQ-LQ como a fase oleosa e Tween 80 como emulsificante, verificou-se a formação de 3 sistemas com diâmetros médios 43,2 nm ± 0,6 para a F1, 41,1 nm ± 0,3 para a F2 e 68,9 nm ± 0,3 para F3. Os melhores valores encontrados no processo de fermentação para a poligalacturonase e pectina liases foram de 32,61 U/g (30°C, pH 8,0 e 80% de umidade) e 189,91 U/g (30°C, pH 4,0 e 80% de umidade), respectivamente. No planejamento fatorial as contribuições de pH e as interações de temperatura-pH e temperatura-umidade foram significativas para a PG. Enquanto que para a PMGL, a umidade e a interação com a temperatura-pH foram significativos. Os extratos enzimáticos de PG e PMGL se mantiveram estáveis nas temperaturas entre 30 a 70°C. Entretanto os extratos se mostraram pouco estáveis (40 % da atividade relativa) em diferentes pHs para a PG, e para a PMGL se manteve estável (100 a 70 % da atividade relativa) até 1h de incubação. O resíduo tratado teve melhor rendimento (celulose 22 %), com produção de CMCase e FPase de 13,2 U/g e 0,232 U/g respectivamente. Os extratos enzimáticos obtiveram melhor desempenho em pHs neutros e em temperaturas acima de 50 °C a atividade enzimática diminuiu para 37,18 % e 18,48 % respectivamente.