PRODUÇÃO DE ENZIMAS LIGNOCELULOLÍTICAS POR UMA NOVA ESPÉCIE FÚNGICA - Achaetomium lippiae - UTILIZANDO CASCA DE COCO VERDE COMO SUBSTRATO
Enzimas lignocelulolíticas, fungo, fermentação submersa, fibra da casca do coco verde
A biomassa lignocelulósica, após pré-tratamento, pode ser utilizada também para a produção de enzimas (celulases, hemicelulases, proteases, pectinases, peroxidases etc) por fermentação semissólida (FES) ou submersa (FSm). Por ser um resíduo rico em celulose, teor de aproximadamente 23-43%, hemicelulose 15-25% e lignina de 20-35%, o coco verde é considerado uma cultura alternativa à cana-de-açúcar sendo uma matéria-prima promissora para estudos de produção de celulases, xilanase e lignininase por via microbiana. Nesse contexto, no presente estudo será avaliado o potencial de um novo fungo, filamentoso endofítico, o Achaetomium Lippiae, para produção destas enzimas. Assim, uma otimização das condições de cultivo deste microrganismo voltada para a produção enzimática, além de mais pesquisas sobre a hidrólise de materiais lignocelulósico por estas enzimas, podem auxiliar na formulação de um coquetel enzimático efetivo na degradação de biomassa vegetal. Devido ao seu alto custo, a produção de enzimas celulolíticas, principalmente as celulases, tem sido frequentemente citada como o gargalo para a produção de etanol obtido a partir de resíduos lignocelulósicos. Destaca-se que ainda existe poucas informações referentes ao uso da casca do coco verde e do fungo pertencente ao gênero Achaetomium na produção de enzimas lignocelulolíticas, o que justifica uma investigação mais detalhada, sendo esse um dos objetivos do presente estudo.