Adsorção dos íons de cobre usando bioadsorvente e argilomineral: estudo cinético, termodinâmico e de equilíbrio.
adsorção, metais pesados, bentonita, pó da palha da carnaúba e isotermas.
A toxidade, não biodegradabilidade e a bioacumulação apresentados pelos efluentes industriais ricos em metais pesados tem se tornado uma profunda preocupação ambiental. Diante deste fato, já existem várias técnicas de tratamentos com a finalidade de remover os metais pesados dos efluentes industriais, porém elas apresentam algumas desvantagens, tais como, ineficiência no tratamento, alto custo, utilização de produtos químicos no tratamento e problemas com a disposição do lodo formado. A partir desta constatação, tem havido pesquisadas com materiais que possam ser utilizados no tratamento de efluentes e que apresentem baixo custo, boa eficiência na remoção de metais em baixas concentrações, não promova a formação de lodo, seja abundante na natureza e tenha boa capacidade de regeneração. Com objetivo de atender esta demanda e apresentar resultados satisfatório na remoção de metais pesados em ambientes aquáticos , este estudo utilizou o pó da palha da carnaúba e a bentonita nas suas formas naturais e modificadas como adsorvente para remoção do cobre em solução aquosa. Os experimentos foram realizados a partir da avaliação da influência de algumas variáveis operacionais, tais como pH da solução, tempo de contato, dosagem do adsorvente, concentração inicial do metal, efeitos de ligantes e co-íons na eficiência de remoção do metal e capacidade de regeneração do adsorvente. A partir dos dados experimentais foi possível fazer o estudo cinético, termodinâmico e de equilíbrio do processo de adsorção em batelada. Foram também realizados análises de FTIR, BET, FRX, DRX e Potencial zeta com intuito de caracterizar os materiais utilizados no processo de adsorção e assegurar a eficiência de suas modificações. Nos estudos de adsorção observou-se que de uma maneira geral, os adsorventes utilizados apresentarem uma cinética rápida, e eles se ajustaram ao modelo cinético de pseudo segunda ordem, e quanto ao modelo equilíbrio de adsorção o ajuste do dados foram direcionados ao modelo de Langmuir. Os estudos mostraram que apesar dos materiais apresentarem baixa área superficial nas suas formas naturais, eles apresentavam outras vantagens como grupos funcionais que interagi bem com os metais, no caso o pó da palha da carnaúba, e boa capacidade de troca catiônica no caso da bentonita. Tanto o pó da palha da carnaúba, quanto a bentonita apresentaram melhores resultados na sua capacidade de adsorção a partir de suas modificações.