PPGEQ/CT PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICA CENTRO DE TECNOLOGIA Téléphone/Extension: (84) 99474-6685 https://posgraduacao.ufrn.br/ppeq

Banca de QUALIFICAÇÃO: ADRIANA KARLA VIRGOLINO GUIMARÃES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ADRIANA KARLA VIRGOLINO GUIMARÃES
DATA : 03/12/2018
HORA: 08:00
LOCAL: AUDITÓRIO NUPEG
TÍTULO:

 Estudo do óleo de oiticica (Licania rigida, Benth) para obtenção de biodiesel e avaliação das suas propriedades como combustível


PALAVRAS-CHAVES:

Óleo de oiticica, biodiesel, extração, transesterificação, catálise homogênea, análise termogravimétrica, estabilidade oxidativa.


PÁGINAS: 280
RESUMO:

Com as alterações do clima, decorrentes da queima de combustíveis fósseis, torna-se urgente a mudança na matriz energética. O biodiesel é umas das alternativas favorável à substituição do diesel mineral. Nesse trabalho, se propôs estudar a obtenção do biodiesel a partir do óleo de oiticica por transesterificação metílica via catálise homogênea (NaOH e KOH). A oiticica apresenta um elevado teor de óleo em sua amêndoa (> 60%). As sementes foram selecionadas e classificadas de acordo com o ano (2015 e 2017), a safra e o grau de maturação das sementes de oiticica (verde -V, seca - SS, madura - M e verde sem epicarpo – SV). O óleo de oiticica foi extraído por prensagem mecânica contínua e descontínua. Os parâmetros físico-químicos foram obtidos nas seguintes faixas para cada óleo da safra 2015: índice de acidez (0,78 a 2,46 mg KOH/g), índice de saponificação (198,5 - 188,2 mg KOH/g), índice de iodo (93,4 - 102,1 g I2/g), densidade (964,4 - 967,3 kg/m3), viscosidade cinemática (125,7 -150,5 mm2/s), umidade (0,084 - 0,131%); e da safra 2017: índice de acidez (0,55 - 1,37 mg KOH/g), índice de saponificação (198,5 – 209,2 mg KOH/g), índice de iodo (129,4 – 139,8 g I2/g), densidade (962 - 965 kg/m3), viscosidade cinemática (129,4 – 141,8 mm2/s), umidade (0,040 - 0,113%). A composição química do óleo e ésteres metílicos foi determinada por Cromatografia Gasosa acoplada a Espectroscopia de Massa (CG-EM). O estudo de síntese para obtenção do biodiesel foi realizado em diversas condições reacionais de: temperatura (32, 35, 40, 45, 50, 60, 65 e 80°C), tempo de reação (2, 3, 4 e 5h), razão molar óleo/álcool (RM 1:6; 1:9; 1:12; 1:15; 1:20) e percentual mássico de catalisador (0,5, 1,0, 1,5, 2,0%), demostrando ser mais favorável com a RM (1:9), 32°C, 1% catalisador KOH e 4h para o óleo de oiticica verde sem epicarpo da 2ª colheita de 2017 (OSV2). Os melhores resultados físico-químicos alcançados entre todas as sínteses foram: índice de acidez (0,34 mg KOH/g), densidade (922,6 kg/m3) e viscosidade cinemática (8,647 mm2/s). A conversão dos ésteres foi determinada por análise de termogravimetria (TG/DTG) e a validação do B100 por TGA-FTIR (análise de termogravimetria acoplada com espectrofotometria de infravermelho), a qual comprovou pelos espectros a presença apenas de ésteres. Em condições otimizadas, obteve-se o grau de pureza máximo de 96,1%, em 4h15min, com 1,27% do catalisador KOH em solução metanólica preparada 24h antes de ser misturada ao óleo a 32°C. No teste da estabilidade oxidativa, o B100 atingiu apenas 0,43h, indicando um tempo muito curto para manter em estocagem. Este resultado mostra a suscetibilidade a oxidação do biodiesel, muito provavelmente pelas características dos constituintes químicos que compõe essa oleaginosa. Das análises com as blendas formuladas (B10, B20, B30, B40 e B50), a única que apresentou índice de acidez acima do limite foi a B50. Para a densidade e viscosidade cinemática, todos os resultados se mostraram dentro do especificado pela ANP. O ponto de fulgor para o B100 (183°C) e B10 (58°C) se mostrou bem superior ao limite especificado, o que demostra o potencial energético desses biocombustíveis. Contudo, mesmo os parâmetros: teor de água (477,2 mg/kg), índice de acidez (0,55 mg KOH/g) e viscosidade cinemática (8,806 mm2/s) tendo se mostrado fora dos limites de especificação, este último em função dos constituintes de cadeias insaturadas e longas, a redução foi bastante significativa tendo em vista a elevada viscosidade do óleo de oiticica. Conclui-se, que as condições reacionais estudadas se mostraram viáveis para a produção do biodiesel de oiticica.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2140818 - AMANDA DUARTE GONDIM
Externo à Instituição - ANDERSON ALLES DE JESUS - UFRN
Interno - 1670497 - HUMBERTO NEVES MAIA DE OLIVEIRA
Interno - 1149554 - OSVALDO CHIAVONE FILHO
Externo à Instituição - SAULO HENRIQUE GOMES DE AZEVÊDO - IFRN
Notícia cadastrada em: 23/11/2018 15:35
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