"PREPARO DE ARENITOS SINTÉTICOS E ESTUDO DE SUAS PROPRIEDADES PARA USO NA RECUPERAÇÃO AVANÇADA DE PETRÓLEO"
Arenito sintético, sinterização, recuperação convencional de petróleo.
As rochas naturais usadas em ensaios de recuperação avançada de petróleo apresentam alto custo de obtenção, são anisotrópicas e, além disso, há a necessidade de realização de vários ensaios para estudos detalhados de algum método de recuperação avançada. Por esta causa, este estudo consistiu na obtenção de arenitos sintéticos feitos a partir de areia da praia e argila cerâmica que tivessem propriedades semelhantes às de rochas naturais. Para isto, variaram-se a concentração de argila (20 a 40%, em massa), a pressão de compactação (100 a 200 kgf/cm2) e a temperatura de sinterização (850 a 950 ºC) e foi feito um planejamento fatorial 23 com triplicata no ponto central, com o auxílio do software Statistica 8.0. Também foram realizadas análises de composições química e mineralógica dos materiais, de reologia dos fluidos e de recuperações convencionais de petróleo. Os resultados mostram que aumentos na pressão de compactação, concentração de argila e a redução da temperatura causam redução da porosidade e permeabilidade e aumento na resistência à compressão uniaxial. Os modelos gerados para estas variáveis-resposta são significativos e preditivos, descrevendo satisfatoriamente o conjunto de dados, os quais tiveram boa reprodutibilidade. O arenito sintético AS 10 foi escolhido para os ensaios de recuperações convencionais de petróleo por apresentar maior resistência à compressão uniaxial e por ter permeabilidade semelhante à do arenito Berea, o mais usado em ensaios de recuperação avançada em todo o mundo. Os ensaios de recuperações convencionais com o AS 10 mostraram a relação inversa entre a viscosidade do petróleo e o fator de recuperação. Além disso, os fatores de recuperações convencionais ficaram próximos aos de ensaios com arenitos naturais que usaram petróleo com viscosidade semelhante.