"SECAGEM DE GRÃOS DE GIRASSOL EM LEITO FIXO E EM LEITO DE JORRO"
sementes, grãos, girassol, secagem, leito fixo e leito de jorro
Neste trabalho foram estudados dois métodos de secagem para os grãos de girassol cultivados na região do oeste potiguar, nas dependências do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte – IFRN – Câmpus Apodi. Tal iniciativa se deu pelo fato dos grãos colhidos no período da safra ficarem armazenados em galpões sem qualquer tipo de controle da temperatura, umidade, etc. Com isso, muitas características físicas, químicas e fisiológicas ficam comprometidas e logo os grãos perdem qualidade para produção de óleo e do seu poder germinativo. Levando em conta que boa dos grãos estocados é utilizado para replantio, o estudo sobre os métodos de secagem torna-se importante. Os métodos estudados contemplam a secagem dos grãos em camada fina utilizando estufa de circulação de ar (leito fixo) e a secagem em leito de jorro. Na estufa, foi estudada a secagem dos grãos in-natura, ou seja, que foram colhidos e a secagem dos grãos armazenados nos galpões que passaram por processo de reumidificação. A secagem foi realizada nas temperaturas de 40, 50, 60 e 70ºC, obtendo-se as curvas de secagem e as de dessorção através da pesagem dos grãos ao longo dos experimentos e das medidas de atividade de água, respectivamente. Para a secagem em leito de jorro foram utilizados apenas os grãos in-natura. Os experimentos foram realizados com base em um planejamento experimental do tipo 22 + 3, com três repetições no ponto central, onde as variáveis independentes foram a carga de grãos (1500, 2000 e 2500g) e a temperatura do ar alimentado (de 70, 80 e 90º), obtendo-se as curvas de secagem e de dessorção. Previamente foram obtidas as curvas características do leito. A secagem dos grãos no leito de jorro apresentou bons resultados com significativa diminuição do tempo de processamento. Foram ajustados os modelos de Fick e Page aos dados experimentais e estes representaram muito bem a secagem dos grãos tanto na estufa como no leito de jorro. As curvas de dessorção mostraram que não houve influência da temperatura de processamento nas características higroscópicas dos grãos. Os modelos de GAB, OSWIN e LUIKOV conseguiram representar bem as isotermas de dessorção. Após ocorrer a secagem foram feitos os testes germinativos dos grãos processados e dos grãos que ficam armazenados nos galpões, sendo comprovada a eficácia dos métodos estudados nesta dissertação.