RECUPERAÇÃO DE SAIS PROVENIENTES DE POÇOS DO OESTE POTIGUAR: MODELAGEM E SIMULAÇÃO DO PROCESSO.
Águas subterrâneas; cristalização; modelagem e simulação.
O semiárido brasileiro, com sua alternância entre períodos de secas e cheias, sofre, em determinados períodos, com a falta de água na região. Contudo, além da escassez das chuvas, outro fator que colabora com a situação é a presença de solos cristalinos de rasa profundidade, que dificultam o armazenamento de água nos aquíferos subterrâneos. A região Oeste do Rio Grande do Norte é composta, em sua grande parte, por rochas cristalinas e águas subterrâneas com alto teor de salinidade. Por isso, mesmo quando armazenada em quantidades consideráveis em aquíferos subterrâneos, devido a sua elevada quantidade de sais, a água se torna imprópria para consumo humano. Tendo em vista a resolução desse impasse, o uso de dessalinizadores é uma alternativa para a região. Os dessalinizadores, porém, apresentam uma corrente (rejeito) de água altamente concentrada em sais que, se lançada arbitrariamente no meio ambiente, pode causar consideráveis impactos ambientais. Desta maneira, visando a redução de efeitos prejudiciais ao meio ambiente, será desenvolvida, neste trabalho, uma proposta de recuperação e aproveitamento dos sais. Para isso, será realizada a modelagem e a simulação de um processo de cristalização com base em dados físico- químicos da água de poços localizados em zonas rurais do Oeste potiguar, a partir de dados coletados por Antas (2017). Por fim, para diminuir os custos de operação e tornar o projeto mais viável economicamente, será considerado o acoplamento do sistema à energia solar e, levando em conta a perspectiva econômica, será também definida uma estratégia de valorização dos sais obtidos a partir do processo de cristalização.