"Eterificação do Glicerol com 2-etilhexanol em Meio Pressurizado"
Eterificação, Glicerol, 2-etilhexanol, Equilibrio de Fases, Supercrítico.
A rota tradicional de produção de biodiesel que envolve a transesterificação de óleos vegetais leva a formação de éster metílico ou etílico (biodiesel) e glicerol como subproduto. Para cada 90 m3 de biodiesel produzido obtêm-se, aproximadamente, 10 m3 de glicerol. Não há mercado para todo glicerol produzido, sendo necessário o desenvolvimento de novas rotas de conversão do glicerol em produtos de alto valor agregado. Diante deste cenário, uma grande atenção tem sido dada à conversão da glicerina em aditivos oxigenados (ésteres e éteres de glicerina), para uso em combustíveis. O presente trabalho tem como principal objetivo o estudo da reação de eterificação do glicerol com o álcool 2-etilhexanol visando a produção de um novo aditivo, já que o glicerol não pode ser adicionado diretamente aos combustíveis. Neste trabalho, foram realizados inicialmente, estudos dos dados de equilíbrio de fases do sistema glicerina + 2-etilhexanol bem como, a determinação de dados de equilíbrio de fases em altas pressões dos sistemas 2-etilhexanol + CO2 e, glicerina + 2-etilhexanol + CO2. Na sequência, para a realização das reações de eterificação as seguintes variáveis de operação foram analisadas, através de um planejamento estatístico 24 ( com triplicata no ponto central): temperatura do sistema reacional (80 ºC a 110 ºC), quantidade de catalisador (1% a 5% em massa), tempo de reação (1h – 5h) e, razão molar 2-etilhexanol: glicerina (2:1 a 4:1). Os experimentos foram realizados sob pressão autógena e a 190 bar e, foram avaliados os catalisadores amberlyst-15 e H2SO4. A identificação e quantificação dos produtos foram realizadas utilizando GCMS. Verificou-se que para todas as condições estudadas, a resina amberlyst-15 apresentou melhores resultados em relação ao H2SO4. Não houve influência significativa da pressão em relação aos resultados de conversão e rendimento nos experimentos realizados, independentemente do tipo de catalisador empregado. Genericamente, maiores pressões favorecem o aumento da conversão e diminuem o rendimento