Os problemas acarretados pela gestão e gerenciamento ineficientes de resíduos sólidos são tidos como um dos maiores desafios relacionados à sustentabilidade urbana e os municípios sofrem diretamente os impactos socioambientais negativos associados às práticas inadequadas, mesmo após o advento da Política Nacional de Resíduos Sólidos-PNRS no Brasil. Esta pesquisa é muito importante pelo fato de identificar as principais fragilidades das organizações de catadores e sugerir melhorias ao funcionamento das mesmas e no gerenciamento de resíduos sólidos como um todo, podendo apresentar orientações e estratégias para um melhor funcionamento e alcance de melhores resultados visando à sustentabilidade econômica dessas organizações. O objetivo geral é avaliar a sustentabilidade de organizações de catadores de materiais recicláveis, situadas na região do Seridó do estado do Rio Grande do Norte, por meio do uso de indicadores e índice de sustentabilidade. Foram utilizados Indicadores de Sustentabilidade de Organizações de Catadores (ISOC) propostos em metodologia apresentada pela FUNASA (2016) e os resultados evidenciaram a existência de diversas dificuldades e oportunidades no trabalho desempenhado pelos catadores de materiais recicláveis das associações situadas nos municípios do Seridó Potiguar. Os índices de sustentabilidade das organizações de catadores variaram de 0,26 a 0,52, apontando a predominância de uma tendência desfavorável à sustentabilidade no período da análise. Restou evidente a necessidade urgente de melhorias nas cinco organizações de catadores da região do Seridó Potiguar, considerando os diferentes e complementares aspectos que compõem o índice de sustentabilidade aplicado, a saber: aspecto (1) legal/institucional; (2) socioeconômico; (3) organizacional; (4) eficiência operacional; (5) condições de trabalho, saúde e segurança do trabalhador. Sugere-se a elaboração de um plano de ação específico para cada organização de catadores com base em suas especificidades e necessidades prioritárias atuais e recomenda-se a aplicação periódica dos indicadores e índices propostos pela FUNASA (2016) para monitorar o desenvolvimento das organizações ao longo do tempo, bem como a necessidade de realizações de novas pesquisas relacionadas à temática.