AVALIAÇÃO DA AÇÃO CORROSIVA DE DIFERENTES BIODIESEIS NO AÇO AISI 316
Biodiesel, biocombustíveis, aço inoxidável, AISI-316, corrosão.
O biodiesel produzido com óleo vegetal é a melhor opção para se ter um combustível 100% renovável. Embora o biodiesel forneça uma quantidade de energia menor que o diesel de petróleo, seu desempenho no motor é praticamente o mesmo, entretanto, existem poucos estudos que avaliam o efeito desse combustível sobre os materiais metálicos. No entanto, o biodiesel e diesel são corrosivos e podem atacar os tanques de combustíveis metálicos, haste de conexão, sistema de tubulação. Atualmente, metais e aços, a exemplo o aço AISI 316, está sendo cada vez mais usado para substituir os blocos pesado de ferro fundido então, se faz necessário estudar a sua corrosão em biodiesel, e obter dados comparativos sobre a corrosão. O objetivo do presente trabalho é avaliar e comparar a ação corrosiva de diferentes biodieseis sobre o aço AISI 316 utilizando um planejamento experimental. A metodologia deste trabalho se dá, pela análise fisico-química dos óleos de soja, girassol e mamona, com o intuíto de avaliar se os mesmos estão nas condições favoráveis para utilizarem como matéria-prima na reação de transesterificação, além do B6, disponível comercialmente, também objeto de estudo. Os biodeiseis foram sintetizados, através da reação de transesterificação pela rota metílica e etílica fazendo uso do NaOH como catalisador. O rendimento das reações foram acima de 80% m/m. Os biocombustíveis, foram caracterizados pelos índices de acidez, massa específica, viscosidade aparente, umidade, e a caracterização química via Espectroscopia de Infravermelho por Transformada de Fourrier (FTIR). A estabilidade térmica foram avaliadas via a Termogravimetria (TG e DTG), Calorimetria Exploratória Diferencial Dinâmica (DSC) pelo método isotérmico. Posteriormente, será realizado o teste de imersão do aço AISI 316, nos biocombustíveis citados, e a morfologia da superfície será monitorada por microscopia ótica (MO), microscopia eletrônica de varredura (MEV) e microscopia de força atômica (AFM). Serão realizados testes gravimétricos, eletroquímicos e de corrosão galvânica. Ao final, pretende-se estabelecer a relação entre a composição química dos biocombustíveis e seu potencial corrosivo. Os resultados obtidos posteriormente no estudo irão formar uma base para uma maior compreensão da corrosão de metais numa perspectiva no futuro melhorar o desempenho de um biodiesel menos corrosivo.