INTERAÇÃO OCULAR BASEADA EM CÂMERAS DE BAIXO CUSTO PARA SUPORTE À COMUNICAÇÃO DE INDIVÍDUOS COM ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA
Rastreamento Ocular; Visão Computacional; Inteligência Artificial; Doença do Neurônio Motor; Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)
No contexto da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), doença neurodegenerativa que afeta progressiva e irreversivelmente os neurônios motores do indivíduo, a qualidade de vida é um dos principais fatores que impactam na sobrevida. Aspectos como assistência multidisciplinar (cuidados paliativos), bem estar físico e psicológico, cuidados respiratórios e recursos de tecnologia assistiva fazem parte do ecossistema que proporciona melhor qualidade de vida. Com a inevitável progressão e o comprometimento do sistema motor dos indivíduos com ELA, os prejuízos nas habilidades funcionais vão surgindo e, por exemplo, o processo comunicativo, a autonomia e a interação ou participação social são afetadas parcial ou integralmente. Para compensar esses prejuízos e permitir a Interação Humano-Computador (IHC), existem diferentes abordagens na literatura, como por exemplo, as baseadas em eletroencefalografia (EEG) - os chamados Brain Computer Interface (BCI), eletromiografia (EMG), eletrooculograma (EOG) e através de câmeras ou imagens. Considerando sistemas de Comunicação Alternativa (CA) em ambiente domiciliar, a abordagem através de câmeras é a mais adequada. Neste contexto, é parte deste trabalho a proposta de um estudo experimental para a criação de um módulo de IHC para rastreamento ocular em tempo real baseado em câmeras de baixo custo sem infravermelho, bem como objetos acoplados à cabeça do indivíduo com ELA, e modelos algorítmicos de Aprendizado de Máquina (AM). O módulo de rastreamento ocular em tempo real deve ser integrado ao ecossistema do software de CA Autonomus, desenvolvido pelo Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).